De ALEXANDRE CRUZ*

Há movimentos tectônicos que vem de longe, com os quais poderemos ter a primeira mulher prefeita de Porto Alegre. A eleição é em 2024. Ainda estamos longe da dita data… Mas o enfoque do meu artigo não vai ser esta possibilidade, que existe, mas sim abordar como vencer a prefeitura na capital gaúcha.

Isso me faz lembrar o Mosteiro de Escorial na Espanha, onde há uma sala de mapa. Um lugar magnífico e singular. Uma sala de estratégia e tática. Ainda bem que não estava numa época da punhalada nas costas cuja mensagem era:  Os Lannister enviam saudações, ou, do casamento vermelho cujo banquete teve de tudo: celebração,  amor, ambição, sangue e traição como bem lembra a série Os Jogos de Tronos.  Desejo que a esquerda não viva este tipo de matrimônio vermelho particular.

Para vencer o pleito eleitoral há de se educar o olhar e aprender a ver com a cabeça em lugar dos olhos. Cabe uma pergunta:  o que é mais poderoso? Conhecer as regras do jogo ou ter somente habilidade política? Na política, vence quem domina a partida, conhece os meandros do regulamento e poucas vezes coincidem os dois. Compreender o jogo eleitoral é saber ganhar.

Triunfar a eleição em Porto Alegre requer audácia frente ao medo. As vitórias são para valentes. Se aspira conquistar o escrutínio eleitoral, tem que se refletir, principalmente entre os progressistas, se será mantida a mesma composição política da eleição estadual em 2022, que resultou num fracasso, ou haverá coragem para uma Frente Ampla que tenha a probabilidade de derrotar o Sebastião Melo, que concorre para reeleição?

*Jornalista.

Imagem em Pixabay.

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