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Sem comunicação: Ciclone no RS destruiu cidades e deixou famílias sem contato

Sem comunicação: Ciclone no RS destruiu cidades e deixou famílias sem contato

Geral por RED
18/06/2023 10:29 • Atualizado em 18/06/2023 11:48

A passagem de um ciclone extratropical pelo litoral do Rio Grande do Sul trouxe chuva ininterrupta desde a noite de quinta-feira, 15, especialmente sobre a região leste —que abrange, além do litoral, parte da serra gaúcha, a região dos vales e a região metropolitana de Porto Alegre.

Os estragos foram muitos, deixando mortos, desaparecidos e centenas de famílias desabrigadas. Apesar da chuva já ter cessado, boa parte da região segue sem comunicação, preocupando aqueles que não conseguem ter notícias sobre a situação dos familiares.

Até a tarde deste sábado (17), a Defesa Civil do Rio Grande do Sul registrou 11 pessoas mortas, 15 desaparecidas, 2.330 desabrigadas e 602 desalojadas. De acordo com a corporação, 41 municípios foram afetados. As mortes já confirmadas ocorreram em Maquiné (3), São Leopoldo (2), Novo Hamburgo, Caraá, Bom Princípio, São Sebastião do Caí, Esteio e Gravataí.

“A gente não tem notícias. Perdemos pontes, acessos, tem muitos rios na parte alta da cidade. Não temos noção exata da quantidade de famílias desalojadas”, afirma Eliane Pioner, secretária de Assistência Social de Maquiné, uma das cidades mais afetadas.

Já em Caraá (a 92 km de Porto Alegre), uma pessoa morreu, 18 estão desaparecidas e 300 estão desabrigadas, de acordo com a prefeitura. Cerca de 50 casas foram destruídas pela chuva e o principal acesso ao município foi danificado após a queda de uma ponte. Com isso, a comunicação por lá é difícil: o fornecimento de energia foi prejudicado e os sinais de celular e internet são oscilantes, deixando famílias e amigos sem notícias.

As prefeituras e governo do estado seguem nas buscas de desaparecidos e resgate de pessoas em situação de risco, além de trabalhar na recuperação dos acessos aos municípios.

O Ministério de Minas e Energia anunciou a abertura de uma sala de situação para acompanhar a falta de energia elétrica. Um comitê foi formado com membros do MME, da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e da RGE e CEEE Equatorial Distribuição, concessionárias responsáveis pelo fornecimento de energia no Rio Grande do Sul. A prioridade será restabelecer a energia em hospitais e outras unidades consumidoras sensíveis.

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