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Opinião

Brasil, o despertar da esperança

Brasil, o despertar da esperança

Artigo por RED
13/11/2022 12:40 • Atualizado em 15/11/2022 12:09
Brasil, o despertar da esperança

De ALEX CARDOSO*

Olá, olha eu aqui mais outra vez. Sou Alex Cardoso, catador de materiais recicláveis e eterno estudante, e vim falar sobre o esperançar, de Paulo Freire, que significa lutar por aquilo que queremos e não apenas esperar. Esperançar é este Brasil que estamos construindo para bem antes das eleições e não acaba com a vitória de Lula, mas continua firme para que possamos conquistar nossos sonhos coletivos.

Como diz Lula, “o pobre não quer muita coisa, apenas direitos”, direitos básicos, o qual passar por viver, trabalhar dignamente, ser reconhecido e valorizado e jamais excluídos socialmente, sustentar sua família a qual merece um lar, roupas, saúde, proteção, educação; direitos estes que foram deturpados na gestão Bolsonaro, o qual chega com um número de quase 700 mil vidas perdidas na pandemia, das quais 400 mil poderiam ser evitadas, desemprego superando 14 milhões de brasileiros, salários praticamente congelados e uma super alta dos preços dos bens e serviços, principalmente aluguéis, combustíveis, alimentos, gás, entre outros, levando o Brasil novamente ao mapa da fome.

Com Lula, esperançamos desde a construção do plano de governo, onde colocamos nossos sonhos possíveis de se realizar nestes 4 anos de mandato, colocando pautas dentro do revogaço (decreto de Lula revogando os decretos de Bolsonaro) – entre eles o Recicla Mais, o qual burocratiza a reciclagem ao ponto de ser impossível trabalhar legalmente favorecendo os empresários, o retorno da nossa participação enquanto catadores dos conselhos de combate à fome (CONSEA), do meio ambiente CONAMA), da economia solidária (Ecosol), bem como o retorno do Comitê Interministerial de Inclusão Social e Econômica de Catadores e o Programa Pró-catador, de fortalecimento do associativismo e cooperativismo.

Com isso, vamos deixar de frequentar a fila do osso, de morar massivamente nas ruas, de ser explorados pelos sucateiros. Claro, estou falando apenas de uma categoria de trabalhadores excluídos, mas posso externar a todos os outros, olhando para o mapa dos ministérios que iniciam no primeiro de janeiro, deste o ministério dos povos originários, da economia solidária, da previdência, da mulher entre tantos outros, não sendo uma forma de burocratizar o estado, mas de agilidade e garantia de direitos.

Os mais pequenos são a base do país, pois são os que mais trabalham e mais precisam de apoio de governo, governo só é bom se olhar para quem mais precisa. Governos como o de Bolsonaro, que só olha para o grande (agronegócio, banqueiros, grandes empresários) chegam a beirar o fascismo, porque são transmissores de fome, retirada de direitos, exclusão social e morte.

Nos governos populares, principalmente nos dois mandatos de Lula, além de frequentarmos o palácio, reunirmos com presidente todos os anos, ganhamos visibilidade, direitos e conquistas que ampliaram a reciclagem, inclusão social e a valorização do nosso trabalho, e é este Brasil que queremos, o Brasil da esperança.

Neste próximo dia 15/12, estaremos mais uma vez reunidos com o presidente Lula, ocasião em que estarei lançando meu segundo livro: O eu catador reciclando vidas, e desta vez como presidente eleito, nas nossas comemorações de natal.

Com Lula, pobre, além da visibilidade, tem direitos. Vamos comemorar, planejar ações e lutar pelas nossas conquistas. Entretanto, é preciso atenção, o bolsonarismo, que é nova cara do fascismo, com apoiadores travestidos de verde-amarelos, além de não aceitarem o peso da democracia, impunham mobilizações antidemocráticas, precisando que mais uma vez possamos nos unir para lutar pelo Brasil que queremos.

Esperançar é a palavra, a ordem é ninguém passar fome e progresso é o povo feliz.

Vamos Lula, Vamos Catadores, Vamos Brasil. Chegou nossa vez de sonhar e conquistar.


*Catador, cientista social, escritor e mestrando em antropologia na UFRGS.

Foto – Ricardo Stuckert.

As opiniões emitidas nos artigos expressam o pensamento de seus autores e não necessariamente a posição editorial da Rede Estação Democracia.

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