Curtas
‘Biblioteca somente com livro na estante não se basta mais’, acredita Ana Maria de Souza
‘Biblioteca somente com livro na estante não se basta mais’, acredita Ana Maria de Souza
Primeira diretora negra da Biblioteca Pública defende que a instituição se abra mais para negros, indígenas e periferia
“Sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de biblioteca”, idealizou o escritor argentino Jorge Luis Borges. Para muitos leitores assíduos essa é uma verdade absoluta, assim como para os administradores de bibliotecas, como é o caso da diretora da Biblioteca Pública do Estado do Rio Grande do Sul, Ana Maria de Souza. Primeira mulher negra a dirigir a instituição em seus 152 anos de história, a bibliotecária fala com brilho nos olhos do trabalho desenvolvido a frente deste pilar da cultura no Sul.
Ela defende uma biblioteca aberta para a cidade, através da promoção permanente de eventos para atrair leitores, inclusive ganhando as ruas. Nas suas palavras, uma biblioteca não pode ser mais apenas um somatório de estantes de livros, embora tenha grande acervo e, no caso da BPE, preciosidades de alto valor histórico, algumas confeccionadas em pele de carneiro e pergaminho. A mais antiga delas data de 1519. É Farsália, poema épico do poeta latino Lucano, poeta que viveu entre os séculos 39 e 65 AC.
Empossada em fevereiro, Ana chegou ao Rio Grande no ano passado, em meio a pandemia. Carioca, em seu primeiro inverno em solo gaúcho, recebeu o Brasil de Fato RS para esta conversa onde trata da sua formação, do processo de restauração pelo qual passa o espaço e o papel de uma biblioteca na época das redes sociais.
Brasil de Fato RS – Começa contando um pouco da tua trajetória: o que te levou a se formar em biblioteconomia e a essa paixão pelos livros?
Ana Maria de Souza – Entrei na biblioteconomia em 1992, me formei em 1996. Bibliotecário normalmente tem esse envolvimento com livros, com leitura, e comigo não foi diferente, desde adolescente, ali do final da infância, adolescência, sempre envolvida com os livros e tal. Mas não era um sonho ser bibliotecária.
Foi uma mudança completa, um plot twist na minha vida profissional
A gente brinca que ninguém nasce com vontade de ser bibliotecária. É uma coisa que se adquire ao longo da vida. Mas entrei na faculdade e me encantei com as disciplinas, com a perspectiva profissional e, logo no primeiro mês, já estava fazendo estágio na Biblioteca Nacional, e aí, pronto, o encantamento foi mais intenso ainda. Me formei e fiz vários concursos. Obtive vaga para a Petrobras Distribuidora e a Casa da Moeda, onde fiquei na primeira colocação, Petrobras na segunda, e Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) na terceira. E fui para a Casa da Moeda. Fiquei lá dois meses, quando a Petrobras me chamou. Quando entrei na empresa fui convidada para assumir a coordenação da biblioteca.
Fiquei na área de biblioteca e documentação por 14 anos. Depois, recebi um convite para assumir a área de recursos humanos da área operacional. Fiquei lá por 4 anos, depois trabalhei como consultora da área de regulação. Foi quando conheci toda a operação da empresa, a parte de autorizações junto à Agência Nacional de Petróleo, mais a Agência Nacional de Transportes Aquaviários. Saí em 2020 quando a empresa foi privatizada. No ano seguinte teve o concurso daqui, fiz, passei, e foi essa mudança completa. Um plot twist na vida profissional. Então é isso.
Este prédio todo é uma obra de arte. Tem vários estilos aqui
BFRS – Vocês começaram a receber o mobiliário que o governo do estado tinha retirado da biblioteca na década de 1970. Como está sendo esse processo de recuperação?
Ana Maria – O mobiliário da biblioteca é também tombado, histórico. Foi retirado daqui por uma primeira dama da época, que levou lá para o palácio. E nesse momento acontece o reparo de voltar às origens. Todo esse mobiliário passou por um processo de restauro. São cadeiras, mesas, poltronas, balcões – tem um balcão lá embaixo que parece aqueles balcões de processo judicial, parece que o juiz está sentado ali atrás, que é lindíssimo. E isso é artístico, de restaurar móveis, porque é o trabalho todo de pesquisa. Você tem que ir pesquisar para saber qual era o tecido da época, como deve ser para ser o mais adequado. E é um processo que está acontecendo paulatinamente, mas já está no final.
BdFRS – E falando em restauro, o prédio todo está sendo restaurado também…
Ana Maria – O processo de restauro envolve não somente a parte mobiliária mas também a parte física. Todas essas paredes requerem esse serviço de restauro. Esse aqui é o salão egípcio e tem o mourisco. Para nenhum desses salões, para essas paredes, tem solução técnica para restauro. Na escada pintou-se por cima. É um trabalho de retirada da tinta para recuperação. Aqui não tem solução. Por que? Porque aqui foi descolamento de tinta. Ainda não tem ainda solução técnica.
Este prédio todo é uma obra de arte. Tem vários estilos aqui. Até nos nomes vocês notam isso. Tem muito a ver com o positivismo*, que tinha essa coisa mesclada dos segmentos artísticos. Cada espaço é muito diferente do outro. Se você olhar os salões lá de baixo e os salões daqui, do próprio andar, são estilos completamente diferentes, salões contíguos, mas com estilos diferentes.
A biblioteca tem 152 anos. É de 1871. O prédio começou a ser construído em 1912, terminou em 1921 e foi inaugurado em 1922 para comemorar o centenário da independência. Se você imaginar aquela época, com tão pouca tecnologia, os artistas, os arquitetos e engenheiros conseguirem fazer o que fizeram aqui, é realmente fantástico.
A biblioteca tem que estar aberta para a população negra, para a população periférica
BdFRS – O setor de pesquisa da biblioteca é um dos espaços que chama a atenção…
Ana Maria – É lindo demais. É a parte original do prédio. Esse salão aqui (Salão Egípcio) não foi concebido para ser biblioteca, para ter estantes, mas para ser um salão de convívio. Outro salão foi concebido como um espaço de apresentações musicais.
BdFRS – A biblioteca é, para muitos, a porta do saber, seja da literatura, da pesquisa, da parte histórica…
Ana Maria – A biblioteca é a porta de acesso, a biblioteca pública principalmente. É o único acesso que a população ao conhecimento, ao saber e à cultura. Em um município pequeno, pode não haver um museu, um teatro, mas uma biblioteca municipal você vai ter, e esse é o ponto de acesso.
A gente é responsável por cuidar de acesso a informação, de encurtar caminho para a cidadania, para a cultura. A biblioteca tem que estar aberta para a população negra, para a população periférica.
BdFRS – Com essa disputa do espaço com a questão das tecnologias e com a internet, como manter essa procura pelas bibliotecas?
Ana Maria – Vim da iniciativa privada – embora seja uma empresa estatal, como tem disputa no mercado, é como se fosse iniciativa privada – então estava muito distante dessa realidade de biblioteca pública. Chegando aqui pude perceber como é importante a biblioteca pública na vida do cidadão. E essa questão da disputa com a tecnologia, também é uma coisa interessante porque as pessoas ainda têm interesse na leitura, o que precisam talvez seja o estímulo.
Todos os eventos, tudo que a gente faz aqui na biblioteca, é puxando para o contexto de leitura
Tenho batido muito nessa tecla: biblioteca somente com livro na estante não se basta mais. Tem que ir um pouco mais além para atrair e reter esse público. Temos que ser criativos. O que tenho feito aqui é trabalhar muito com eventos. Todos os eventos, tudo que a gente faz aqui na biblioteca, é puxando para o contexto de leitura, de literatura. E o retorno é incrível. É muito pouco tempo. Estou falando de março para cá, mas é impressionante como os números mudaram.
Você tem que pensar sempre fora da caixa para poder colocar essa atividade na mão das pessoas. E temos um público de idades variadas, desde pessoas de 60 anos ou mais até crianças. De abril para cá, quando comecei a fazer o acompanhamento dos números, temos uma média de 500 crianças por mês que atendemos em visita guiada. E a nossa visita guiada é uma aula de história, de história da arte, de literatura. A visita começa do lado de fora do prédio quando a gente fala do calendário positivista, que tem lá os bustos de 10 positivistas, outros dois são aqui dentro, e a gente vai seguindo, e as crianças ficam encantadas.
Estamos com um programa, que será lançando em agosto, que é o Leitura em Cena. São crianças encenando obras de arte. O primeiro vai ser A Cartomante, de Machado de Assis. Vão encenar esse conto. Vamos chamar a atenção tanto das crianças quanto dos professores e diretores, (mostrar) que é possível fazer dentro da escola com as crianças, para estimulá-las à leitura.
Aos sábados, o movimento é muito diferente do da semana. Temos famílias inteiras, casal de namorados que vem aqui e tem histórias muito legais. Teve um casal que veio, estávamos com a exposição de obras raras, e o rapaz apaixonado pelo Inferno de Dante (A Divina Comédia). Queria porque queria ver o livro que estava trancado a sete chaves. Falei não tinha como, e ele, os olhinhos brilhando, abri o expositor, peguei máscara, luva para poder proteger a obra e tudo mais, e ele ali se deleitando. Passou um tempo, o casal estava aqui em cima no Salão Mourisco, e a menina encantada pelo piano perguntou: ´Eu posso tocar?` Falei pode, abri o piano e ela tocou. Ou seja, o casal se fez aqui na biblioteca. Ele conseguiu manusear o livro, ela conseguiu tocar o piano. Isto é uma coisa encantadora.
BdFRS – Falando em Machado de Assim, recentemente a Biblioteca promoveu um evento sobre o escritor…
Ana Maria – Foi a abertura da exposição dos 184 anos de nascimento do Machado. Foi aberta em junho. E por que o Machado? É o maior escritor que temos. Quero sempre mesclar essa modernidade com o tradicional. Então fizemos. Tem a biblioteca de Machado, ou seja, os autores nos quais o Machado bebeu da fonte, os amigos do Machado, a escrita do Machado, como eram o Rio de Janeiro e o Brasil na época do Machado.
Temos que discutir isso. Tanto tempo depois e ainda se ouve histórias de racismo
BdFRS – Quando falamos em Machado de Assis vem à mente a questão do branqueamento do escritor…
Ana Maria – Lá na exposição tem um pôster tratando disso que, de fato, aconteceu. É uma questão histórica e social e tivemos que ir muito lá atrás para entender porque aconteceu. E essa descoberta – digo descoberta porque tenho 53 anos e não lembro na minha infância e adolescência disso ser uma questão – tipo óbvio que o Machado era branco, quem pensou nisso alguma vez na vida? Ninguém parou para pensar.
Foi um resgate feito pela faculdade Zumbi dos Palmares, de São Paulo. Foram pesquisando, até para essa exposição do Machado, e viram que a primeira foto que mostrou o Machado com a pele mais escura foi em uma publicação da Argentina. Não era natural naquele período.
A abolição da escravatura foi em 1888 e o Machado morreu em 1908. Ou seja, só passou 20 anos da vida dele, dos quase 60, sem escravidão no país. Ele era amigo da família real, da princesa Isabel e tudo o mais. Imagina a dificuldade para esse Brasil, com essa questão da escravidão. Se hoje ainda é difícil, imagina 150 anos atrás. Era muito mais fácil fazer esse branqueamento, não discutir a questão, e seguir.
BdFRS – Isso faz lembrar que a primeira romancista brasileira foi uma mulher negra também.
Ana Maria – Exatamente, a Maria Firmina dos Reis, que foi também discutida aqui na biblioteca. Fizemos um debate com a leitura do livro Úrsula, e colocamos disponível para o público tanto uma edição impressa quanto o link, porque já é domínio público. Um espetáculo que é Úrsula. Como aquela mulher, sendo negra, filha de escravos, conseguiu escrever. São histórias interessantes e temos que discutir isso. Tanto tempo depois e ainda se ouve histórias de racismo. Veja, estamos falando de Machado 150 anos atrás, Maria Firmina cento e tantos anos atrás…
BdFRS – Perguntei sobre Maria Firmina porque não se via ou não se vê dizer nas escolas que ela foi a primeira romancista brasileira.
Ana – Não é colocado, não é falado. Por isso é importante trazer essa discussão.
Ser a primeira diretora negra não devia ser um ponto porque fui escolhida por conta do meu histórico
BdFRS – Tu és a primeira diretora negra da Biblioteca Pública. Que significado isso tem?
Ana Maria – Levei um susto quando cheguei aqui e foi colocado dessa forma. Será possível que, ao longo desse tempo todo, não teve um bibliotecário negro com capacidade para assumir a gestão da biblioteca?
Embora quisesse ouvir que não fui a primeira – queria que outros tivessem passado por aqui – que bom que estou aqui, que bom é esse momento. Acredito muito em aproveitar momentos. O momento é propício para a gente fazer essas discussões que estamos falando agora. Falar do Machado lá da pesquisa da faculdade Zumbi dos Palmares, falar de Maria Firmina dos Reis.
O fato de ser a primeira diretora negra não devia ser um ponto porque fui escolhida por conta do meu histórico, do meu currículo, de que tinha de capacidade de fazer projeto, de gerir pessoas, um espaço. Esse aqui é muito complexo, é biblioteca, é centro cultural, a gente tem, pelo menos, dois eventos grandes por semana. É também um prédio tombado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e isso é muito complexo de gerir. Para vocês terem uma ideia, a internet aqui é péssima e, aí, para instalar internet, não pode furar (parede) igual se faz na nossa casa e passar fio. A solução vai ser com haste por fora. Qualquer coisa que se faça aqui é muito complexa. Você tem que envolver os dois órgãos de patrimônio nacional e do estado.
Preferia que não fosse a primeira (diretora), queria que outros tivessem passado antes, mas se sou a primeira, ótimo, acho que é o momento, e vamos fazer o melhor com isso.
BDFRS – Fico imaginando os estudantes da periferia, na sua maioria negros, virem num espaço como esse e ver que a diretora é negra…
Ana Maria – Recebemos as crianças das escolas e também crianças e adolescentes de ONGs que dão apoio social. Um belo dia estou eu enlouquecida lá trabalhando – e sempre quando vem visita eles me chamam – e vim ver o que estava acontecendo. Era um grupo de 15 adolescentes de vulnerabilidade social, quase todos meninos, com exceção de uma menina negra, de mais ou menos uns 14 anos. Ela passou, me viu, e quis conversar comigo. A coisa mais linda do mundo. Perguntava sobre biblioteconomia, como era organizar livro, queria conversar comigo. É disso que você está falando, essa coisa do símbolo, da representatividade, da referência, que se tem. Então, é possível. Foi isso que passou pela cabecinha dela.
Bibliodiversidade é o quê? Quando se fala disso, a gente fala sim de negro escrevendo sobre negro
BdFRS – Onde se encontra na Biblioteca Pública a história negra no Brasil contada pelos negros? Ou temos só a visão branca da escravidão negra?
Ana Maria – Desde que cheguei temos trabalhado muito em bibliodiversidade. É o quê? É trazer para a biblioteca um acervo que seja representativo de toda a população. Quando se fala disso, a gente fala sim de negro escrevendo sobre negro. Por exemplo: temos um material e estamos trabalhando nessa aquisição planificada para essa biblioteca e para outras bibliotecas também – que são do sistema de bibliotecas da Casa de Cultura Mario Quintana e as de bairro – de negro falando de negro. Então é Oliveira Silveira, bell hooks, Angela Davis. Porque tem diferença. Não é que seja excludente. Todo mundo pode falar de tudo, mas é importante sim que negro fale de negro. Djamila falando, Carolina Maria de Jesus falando. É isso. Estamos atentos e fazendo já aquisições específicas. E além das aquisições, fazemos um trabalho de divulgação disso.
O primeiro que fizemos foi em junho, de temática indígena. Compramos uma seleção feita com historiadores e antropólogos sobre quais os principais livros com temática indígena escritos por indígenas. O próximo vai ser com a temática afro. O mais importante é que isso não seja feito somente no mês comemorativo. É uma coisa que tenho trabalhado desde que cheguei. Não é porque é março e março a gente só vai falar de mulheres. A gente fala de mulheres o ano todo. Por que só (falar de temática indígena) em abril? Sobre negro não só em novembro, mas em qualquer época do ano. Claro que a gente pode dar um enfoque um pouco mais especial naquele mês…
BdFRS – Tem mais uma questão que é setor de empréstimos da biblioteca.
Ana Maria – Só no ano passado fizemos cerca de 1,4 mil empréstimos. Neste ano, os números já aumentaram muito. Para se ter uma ideia, em março fizemos o clube do livro com a Marguerite Yourcenar (pseudônimo de Marguerite Cleenewerck de Crayencour, escritora belga) como foco na vida e obra dela. Todos os livros da Marguerite Yourcenar que tínhamos foram emprestados.
É aquilo que falo: biblioteca com livros só na estante não se basta. Tem que fazer evento e quando se faz estimula. Fizemos em maio Lya Luft. Tínhamos 14 exemplares de Perdas e Ganhos, foi específico para esse livro. Todos saíram. Foram mais de 30 empréstimos. Fizemos a divulgação, chamamos as pessoas e elas vieram. É uma coisa que está aumentando muito, como aumentaram também as visitas guiadas. No ano passado, fizemos atendimento para cerca de 900 crianças. Agora, de abril para cá, no terceiro mês já foi registrada a média de 500 crianças por mês.
O BPE Mais Cultura vai acontecer nos primeiros sábados de cada mês na frente da biblioteca
BdFRS – O brasileiro lê muito pouco e por isso bibliotecas são tão importantes…
Ana Maria – É preciso fazer esse movimento de estimular a leitura. Está em fase de aprovação um projeto que vai se chamar BPE Mais Cultura, Biblioteca Pública do Estado Mais Cultura. Vai acontecer nos primeiros sábados de cada mês na frente da biblioteca. Estamos pleiteando junto à prefeitura o fechamento da rua nesse espaço. Vamos ter bancas de livro, de artesanato, de quadrinhos, de objetos com a temática de literatura, bottons, bandeirinhas de Harry Potter, marcadores de livros e tudo mais. Vamos ter música na rua, vamos ter contação de história para a criançada, vamos ter lançamentos de livros. Isto é popularizar. Deste povo que vem aqui no sábado, eu sempre notava nos olhinhos: ´Eu quero mais`. Entendi o recado. Então, então bora fazer projeto!
(*) Corrente filosófica que surgiu na França no início do século 19 concebida pelo filósofo Auguste Comte. O Rio Grande do Sul teve sua constituição de 1891, elaborada pelo positivista Júlio de Castilhos, fortemente inspirada pelas idéias de Comte. Na sua fachada, a Biblioteca Pública é ornamentada por bustos do calendário positivista entre os quais Shakespeare, Júlio César, Gutemberg e Descartes.
Matéria do Brasil de Fato RS.
Foto: Kátia Marko/Brasil de Fato RS.
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