O número de trabalhadores resgatados em condições análogas à escravidão em Uruguaiana subiu de 56 para 82 desde a operação realizada pela Polícia Federal (PF) na sexta-feira, 10.

O trabalho estava sendo realizado em plantações de arroz através do corte manual e da aplicação de agrotóxicos. Os trabalhadores não tinham contrato, ferramentas ou equipamentos. Além de estarem alojados em um galpão sem banheiro.

Dos 82 trabalhadores, 11 são adolescentes entre 14 e 17 anos. De acordo com a investigação, 54 pessoas estavam na estância Santa Adelaide e 28, na São Joaquim. Por estarem em lugares diferentes, o cruzamento e atualização dos dados só foi possível no domingo, 12.

Agora, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) tenta identificar os resgatados e as empresas responsáveis. Segundo Vitor Siqueira Ferreira, auditor-fiscal do trabalho entrevistado pelo g1, os donos das lavouras teriam contratado uma empresa para semear e cultivar o arroz. “Essa empresa é que seria responsável pela gestão que resultou na contratação dessas pessoas”, completa.

Os trabalhadores eram da própria região, como Itaqui, São Borja, Alegrete e da própria Uruguaiana, conforme informado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT)

Com informações do g1 e do Ministério Público do Trabalho.

Foto: Ministério Público do Trabalho/Divulgação

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