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Opinião

Ana Galvão – Heroína e esquecida

Ana Galvão – Heroína e esquecida

Artigo por RED
26/02/2024 05:25 • Atualizado em 27/02/2024 10:13
Ana Galvão – Heroína e esquecida

De ADELI SELL*

Sabemos que morreu em combate na defesa da Colônia de Sacramento, como terra nossa, portuguesa, contra os espanhóis. Era 7 de agosto de 1680. Lembre-se que mesmo que naqueles tempos os espanhóis tenham dizimado os portugueses, Sacramento voltou a ser terra portuguesa, trocada depois pelas Missões com os mesmos espanhóis.

Não se sabe como era ela, onde nasceu, que idade de fato tinha. Era muito jovem. Foi talvez a única mulher branca a seguir com tropas naqueles tempos. Casara com um jovem oficial, Manuel Galvão, que deveria seguir o governador da costa brasileira até a boca de Buenos Aires.

Seu corpo, estraçalhado por baionetas ou espadas, foi colocado num manto e desceu à sua morada final, com respeito de todos por sua bravura. Salvaram-se, pelo que consta, apenas 12 portugueses, aprisionados e levados a Buenos Aires, entre eles o doente acamado governador.

A ela pela bravura e combate foi dada a escolha da entrega e do perdão, porém lutou até o último suspiro, muito talvez para vingar a alma do marido morto, outro valente, segundo os relatos.

Os textos sobre ela, sobre este episódio, são poucos, imprecisos.

Há um interessante livro de Roberto Rossi Jung, Joana Galvão, pela Martins Livreiro-editor, de 2006. Recomendo.


*Professor, escritor, bacharel em Direito, vereador em Porto Alegre.

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