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Água da enchente pode aumentar casos de dengue e de leptospirose, alertam especialistas

Água da enchente pode aumentar casos de dengue e de leptospirose, alertam especialistas

Espaço Plural por RED
28/09/2023 15:05 • Atualizado em 28/09/2023 15:05
Água da enchente pode aumentar casos de dengue e de leptospirose, alertam especialistas

Além das perdas humanas e dos estragos estruturais, as enchentes também trazem preocupações para saúde de quem tem contato com a água suja sem a proteção necessária. Doenças como dengue e leptospirose podem acometer a população dos locais atingidos.

O acúmulo de água, por exemplo, favorece o ciclo de reprodução do mosquito Aedes aegypti, como lembra Cátia Favreto, responsável pelo Programa Estadual de Arboviroses do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) da Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul,

“A gente pode ter muito casos a partir do momento que cessem as chuvas que é o que acontece a partir de hoje. A gente não tem mais um dia chuvoso e sim um período que começa aquecer. Esse período que aquece, com sol quente é perigoso porque nesse momento os ovos, que estão parados em alguma água, em algum recipiente que teve água parada com alguns ovos, vão eclodir com esse calor. A gente vai ter mais larvas e automaticamente os mosquitos alados, os mosquitos adultos”, explica.

Além da dengue, o Aedes aegypti transmite os vírus da Zika e da Chikungunya. A principal forma de prevenção é a eliminação da água parada que interrompe o ciclo de vida do mosquito, que dura de 7 a 10 dias.

Já a leptospirose pode estar presente na água da enchente que entra das casas e compromete a utilidade de bens materiais. O contato com essa água contaminada pela bactéria leptospira aumenta de incidência da doença, como aponta Dóris Bercht Brack, especialista em Saúde e responsável pelo Monitoramento Epidemiológico de Leptospirose no Rio Grande do Sul.

“No momento em que a pessoa já conseguiu sair da água que ela não volte ao contato com essa água sem proteção, que seria bota de borracha, luva de borracha. Pra quem não tem as botas seria utilizar sacos plásticos duplos amarradas sobre os pés ou não”, recomenda.

A especialista também alerta para o momento da limpeza da casa, dos objetos e das caixas d’água. “Muitas vezes a contaminação não se dá no momento da cheia, da enxurrada, mas se dá depois quando as pessoas estão voltando para a casa e fazendo a limpeza das suas casas, tirando a lama, lavando as coisas. Neste momento, as pessoas ainda têm que se proteger”.

Brack recomenda diluir duas xícaras de chá (400ml) de hipoclorito de sódio (água sanitária comercial) a cada 20 litros de água e deixar agir por 15 minutos ou até secar. A mistura deve ser usar para lavar todas as superfícies que tiveram contato com a água.

Outras doenças

Além da leptospirose e da transmissões virais do mosquito Aedes aegypti, o CEVS também alerta para acidentes com animais peçonhentos e ocorrências de outras doenças durante as enchentes, como tétano, hepatite A e raiva.

Assista ao programa completo:

O programa Espaço Plural vai ao ar no YouTube e no Facebook de segunda à sexta-feira, a partir das 14h, com a apresentação do jornalista Solon Saldanha.


Foto: Gustavo Mansur/ Palácio Piratini

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