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Advogado confunde O Príncipe com O Pequeno Príncipe durante julgamento no STF
Advogado confunde O Príncipe com O Pequeno Príncipe durante julgamento no STF
O advogado Hery Kattwinkel, que defendeu o réu Thiago de Assis Mathar durante o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) na última quinta-feira, 14, confundiu duas obras da literatura mundial bem diferentes uma da outra. Em seu discurso em que atacava a Corte, o advogado misturou O Príncipe, de Nicolau Maquiavel, com O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry.
“Como diz O Pequeno Príncipe, os fins justificam os meios”, declarou Kattwinkel em sua argumentação durante o julgamento no STF. Em seguida, foi corrigido pelo ministro Alexandre de Moraes, relator da ação do 8 de janeiro.
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— Reinaldo Azevedo (@reinaldoazevedo) September 14, 2023
“Realmente é muito triste (…) confundiu O Príncipe, de Maquiavel, com O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry, que são obras que não têm absolutamente nada a ver”, comentou.
🎥 "Patético e medíocre", diz Alexandre de Moraes sobre fala de advogado de réu do 8/1 pic.twitter.com/XH1YBIi4UK
— Metrópoles (@Metropoles) September 14, 2023
Lançado em 1532, durante o Renascimento, O Príncipe, de Nicolau Maquiavel, é considerada uma obra clássica da política moderna e da filosofia. A obra trata da moralidade, da ética, da postura de líder e do sucesso do Estado. “Os fins justificam os meios” é uma frase usada para resumir uma das ideais de Maquiavel.
Já o livro O Pequeno Príncipe foi publicado bem mais tarde, em 1943. O clássico da literatura infantil de Antoine de Saint-Exupéry traz o encontro entre um piloto de avião que cai no deserto do Saara e um pequeno príncipe que viaja entre planetas. A narrativa delicada e profunda trata de temas da natureza humana. “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas” é uma das frases famosas do livro.
Nas redes sociais, a confusão virou motivo de piada e memes.
Em razão dos ataques que fez aos ministros, o advogado Hery Kattwinkel foi expulso do partido Solidariedade ao qual era afiliado. Seu cliente, Thiago Mattar foi enquadrado em cinco crimes e condenado a 14 de prisão por participar dos atos golpistas do dia 8 de janeiro.
Foto: Reprodução/YouTube.
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