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Abin e GSI produziram mais de mil relatórios sobre a pandemia; governo Bolsonaro escondeu as informações

Abin e GSI produziram mais de mil relatórios sobre a pandemia; governo Bolsonaro escondeu as informações

Geral por RED
28/07/2023 14:13 • Atualizado em 28/07/2023 14:15
Abin e GSI produziram mais de mil relatórios sobre a pandemia; governo Bolsonaro escondeu as informações

Enquanto Jair Bolsonaro disseminava informações falsas e promovia aglomerações, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) elaboravam mais de mil relatórios sobre a gravidade pandemia de covid-19. Os documentos foram produzidos pelo menos entre março de 2020 e julho de 2021. As informações são da Folha de S. Paulo.

Os relatórios projetaram três tipos de cenários sobre os números de casos e de mortes por covid no país, do mais ou menos grave. As projeções eram para cerca de duas semanas seguintes. Além disso, os órgãos apontaram a falta de transparência do governo na divulgação de dados, a lentidão do Ministério da Saúde para definir estratégias de combate, a possibilidade de colapso da rede de saúde e funerária.

O distanciamento social e a vacinação foram colocados como formas efetivas de controlar a doença. Em março de 2020, início da pandemia, a Abin escreveu que o medidas como o distanciamento social podem “reduzir o tempo para que a epidemia alcance o pico do número de caos de contágio”.

O uso de cloroquina foi desaconselhado nos relatórios pela ineficácia e pelos efeitos, como alteração do ritmo cardíaco e casos fatais em pacientes com covid-19. Porém, as atitudes do então presidente foram no caminho oposto aos das recomendações dos órgãos de inteligência. Além da propaganda, Bolsonaro usou o laboratório do Exército e o corpo diplomático para produzir e receber os medicamentos.

De acordo com a reportagem, ao menos 18 relatórios elaborados no início da pandemia citaram o risco de colapso em diversas regiões do Brasil. Outros 12 documentos de maio de 2020 afirmam que o país ainda não havia chegado ao pico da pandemia.

A falta de oxigênio no Amazonas foi denunciado nos relatórios junto com o risco da crise se repetir em outras regiões. Mais de 60 pessoas morreram asfixiadas, segundo investigações do Ministério Público e da Defensoria Pública. Outros 500 pacientes foram transferidos às pressas para hospitais em outros estados.

Do início da pandemia, em março de 2020, até esta quarta-feira, 26, foram registrados 704.659 mortes por covid-19 e 37.717.062 casos, segundo o Ministério da Saúde.


Foto: Amazônia Real.

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