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45% dos ‘filhos do Bolsa Família’ ingressaram no mercado de trabalho

45% dos ‘filhos do Bolsa Família’ ingressaram no mercado de trabalho

Geral por RED
11/06/2023 16:11
45% dos ‘filhos do Bolsa Família’ ingressaram no mercado de trabalho

Dados de um estudo feito por pesquisadores do IMDS (Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social), em parceria com a consultoria Oppen Social e um pesquisador da FGV EPGE (Escola Brasileira de Economia e Finanças, da Fundação Getulio Vargas), mostram que 44,7% dos 11,6 milhões de dependentes do Bolsa Família acessaram o mercado de trabalho formal no período correspondente de de 2015 a 2019.

A pesquisa se refere aos “filhos do Bolsa Família” por retratar a parcela da primeira geração de dependentes de famílias do programa, que tinham de 7 a 16 anos em 2005.

Para obter os resultados, os pesquisadores cruzaram registros da folha de pagamento do Bolsa Família e da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) e puderam mensurar a emancipação por meio do trabalho com carteira e também medir a qualidade dos empregos.

Com isso, sabe-se que metade desses filhos do Bolsa Família que conseguiram um emprego formal estava empregada entre 20% das ocupações consideradas de menor remuneração e com baixa quantidade de trabalhadores com ensino superior. Se comparado aos jovens de mesma idade que não se encaixam no programa, o percentual de pessoas nessas funções cai de 50% para 32%.

A pesquisa também mostrou que estes trabalhadores estavam distribuídos em micro (28%), pequenas (26,4%), grandes (22,5%) e médias empresas (11,6%). E, ainda, na agropecuária (5,9%) e na administração pública (4,9%).

O Bolsa Família é um programa de transferência de renda para a parcela da população mais vulnerável. Criado no primeiro governo Lula e por muitas vezes criticado como mero assistencialismo, uma  matéria da Folha de São Paulo deste final de semana revelou os números positivos do projeto.

Segundo pesquisadores consultados pela Folha, o número de dependentes que consegue ingressar no mercado de trabalho é “efeito colateral positivo”.  “É como se as mães e pais que buscaram pelo benefício em um momento de dificuldade para as famílias abrissem possibilidades para a geração seguinte”, destaca a publicação.


Foto: arquivo Agência Brasil

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