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O que é colapso catastrófico e o que pode ocorrer em Maceió por conta da mineração da Braskem
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Desde 2018, cinco bairros da capital alagoana estão "afundando" devido à atividade da empresa Moradores de Maceió e cidades próximas seguem com temor por conta dos novos tremores sentidos na região, em uma área que vem causando preocupação há pelo menos cinco anos. Nesta sexta-feira (1), a Defesa Civil afirmou que “o desastre está em evolução”. Segundo o órgão, a região passa por um risco iminente de colapso. Desde 2018, a população da capital vem vivendo momento de “terror”, segundo relatos de moradores, por conta das consequências da atividade de mineração da Braskem em bairros da capital alagoana, a cada ano, aumenta o número de bairros e famílias diretamente impactadas – cerca de 60 mil pessoas tiveram de deixar suas casas. Enquanto famílias realizam protestos na cidade, representantes da Braskem estão no Dubai participando da COP28, a Conferência Internacional da ONU sobre as Mudanças Climáticas. A empresa foi ao encontro para divulgar ações ambientais realizadas pelo grupo.  petroquímica está no pavilhão brasileiro ao lado de Vale, Petrobras e Syngenta. Em conversa com o Brasil de Fato, o professor titular da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Aderson Nascimento, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Geofísica, afirmou que pode ocorrer um “colapso catastrófico na região”, com a abertura de uma cratera de “vários metros de profundidade”. “Em alguns casos pode ter o colapso catastrófico, que é cair tudo de uma vez, colapsar algumas dezenas de metros. Não podemos saber se é o caso de lá, mas os avisos da Defesa Civil dão conta disso; e a literatura diz o mesmo”, afirmou Nascimento, especialista em sismicidade antropogênica, que estuda, justamente, evento geológicos não naturais. De acordo com ele, mais de 1200 colapsos já foram causados por ação humana na história do planeta. O problema começou em 2018, quando começaram a ser sentidos os efeitos da extração de sal-gema (que pode ser usado em cozinha e para produção de produtos como plástico do tipo PVC e soda cáustica). Cinco bairros da capital alagoana tiveram afundamento de solo devido à extração do mineral, que é formado no subsolo, a cerca de mil metros da superfície. Apesar de não ter havido mortes diretas, cerca de 60 mil pessoas tiveram de ser removidas de suas casas devido aos riscos de desabamentos. Muitas construções foram demolidas. Estudos apontam que o caso é a maior tragédia socioambiental em zona urbana no mundo. Nesta sexta-feira (1), o coordenador da Defesa Civil de Alagoas, coronel Moisés, afirmou que não há risco de um possível colapso na mina 18, afetar os municípios de Pilar, Coqueiro Seco e Santa Luzia do Norte, vizinhos do local atingido. O professor Nascimento explica que está acontecendo uma expansão de cavernas de sal formadas quilômetros abaixo da terra, tudo efeito da atividade da Braskem na região. A empresa realizou o processo de dissolução do sal. “Você insere água quente para diluir o sal e embaixo fica uma caverna cheia de sal hipersalino, ou seja, muito concentrada. Como o sal tem uma solubilidade máxima na água, esta caverna para de crescer. Mas, se tiver entrada de água na terra por algum problema, alguma falha, aí acontece um crescimento não controlado dessas minas. “Quando isso acontece, lá embaixo, é como se você tivesse um queijo suiço e ele começa a ceder debaixo para cima”, explica o professor. A escavação para exploração das jazidas de sal-gema pela Braskem na capital alagoana durou cerca de 40 anos. O afundamento aconteceu pois a região tem uma falha tectônica. A consequência foi o afundamento do solo nos bairros de Bebedouro, Bom Parto, Farol, Mutange e Pinheiro, além da localidade de Flexal. Em nota, enviada à Agência Brasil, a Braskem disse que monitora a situação da mina e, desde a última terça-feira (28), isolou a área de serviço da empresa, onde são executados os trabalhos de preenchimento dos poços. "Os dados atuais de monitoramento demonstram que o movimento do solo permanece concentrado na área dessa mina", informou. Matéria do Brasil de Fato Foto: Gésio Passos/Agência Brasil

Internacional

Política “Se não tiver acordo, paciência”, diz Lula, sobre Mercosul e UE
RED

Presidente brasileiro diz que não vai firmar acordo para ter prejuízo O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, neste domingo (3), que caso não haja o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia (UE), não foi por falta de vontade dos sul-americanos, mas por protecionismo dos europeus. Ontem (2), Lula se reuniu com o presidente da França, Emmanuel Macron, na tentativa de avançar com a negociação. Nos últimos dias, o presidente brasileiro esteve em visita ao Oriente Médio e, hoje, conversou com jornalistas antes de deixar Dubai, nos Emirados Árabes, a caminho de Berlim, na Alemanha, onde tem compromissos da agenda bilateral. A Alemanha é um dos países que defende o acordo Mercosul-UE. “Se não tiver acordo, paciência, não foi por falta de vontade. A única coisa que tem que ficar claro é que não digam mais que é por conta do Brasil e que não digam mais que é por conta da América do Sul. Assuma a responsabilidade de que os países ricos não querem fazer uma acordo na perspectiva de fazer qualquer concessão, é sempre ganhar mais e nós não somos mais colonizados, nós somos independentes, nós queremos ser tratados apenas com o respeito de países independentes que temos coisas pra vender, e as coisas que temos têm preço. O que queremos é um certo equilíbrio”, disse Lula. O presidente francês é contra o acordo Mercosul-UE, dizendo ser “incoerente” e “mal remendado”. “[O acordo] não leva em conta a biodiversidade e o clima dentro dele. É um acordo comercial antiquado e que desfaz tarifas”, afirmou Macron, neste sábado. Já segundo Lula, a França é protecionista sobre seus interesses agrícolas. Além disso, o presidente brasileiro defende alterações em pontos do acordo de livre comércio sobre licitações de compras governamentais, pois, para ele, é uma política indutora do desenvolvimento da indústria nacional e oportunidade para pequenas e médias empresas. Aprovado em 2019, após 20 anos de negociações, o acordo Mercosul-UE precisa ser ratificado pelos parlamentos de todos os países dos dois blocos para entrar em vigor. A negociação envolve 31 países. Ele cobre temas tanto tarifários quanto de natureza regulatória, como serviços, compras públicas, facilitação de comércio, barreiras técnicas, medidas sanitárias e fitossanitárias e propriedade intelectual. “Se não tiver acordo, pelo menos vai ficar patenteado de quem é a culpa. Agora, o que a gente não vai fazer é um acordo para tomar prejuízo”, completou Lula. Informações da Agência Brasil Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Geral

Morre Nêgo Bispo, um dos maiores intelectuais quilombolas do país
RED

Morreu nesse domingo (3), no Quilombo Saco-Curtume, em São João do Piauí (PI), Antônio Bispo dos Santos, conhecido como Nêgo Bispo, aos 63 anos. Ele faleceu em decorrência de complicações provocadas por diabetes, tendo uma convulsão seguida por parada cardíaca. Nêgo Bispo, como era conhecido, foi escritor, pensador, professor e ativista social, sendo considerado um dos maiores intelectuais quilombolas do país. Escritor de artigos e livros sobre a história de resistência do povo negro e autor do conceito de contracolonialismo, atuou na Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas do Piauí (CECOQ/PI) e na Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ). O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Weelington Dias, ex-governador do Piauí, disse que o movimento quilombola, o Piauí e o Brasil perdeu “uma voz que ecoou em nossos corações e nos ensinou muito”. O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, também lamentou a morte de Nêgo Bispo: “Um importante pensador brasileiro e ativista quilombola”, e que deixará “um legado inesquecível para a cultura nacional”. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, também se pronunciou sobre a morte de Bispo. “Eu vou falar de nós ganhando, por que pra falar de nós perdendo eles já falam. Um dos maiores pensadores da nossa época ancestralizou. Nego Bispo fez a passagem e deixou aqui um legado enorme para o pensamento negro brasileiro. Um abraço a toda sua família e amigos”. Foto: Guilherme Fagundes / divulgação


Cultura

Programação cultural – de 2 a 8 de dezembro

Cultura

Programação cultural – de 2 a 8 de dezembro
RED

Por LÉA MARIA AARÃO REIS** *A república das milícias de Bruno Paes Manso, de 2020, continua sendo uma das lideranças de vendas. Seu explosivo conteúdo é informação prioritária para a população e, em especial, para a do Rio de Janeiro porque trata dos esquadrões da morte desde sua criação, nos anos 1960, ao domínio do tráfico, nos anos 1980/1990. Dos porões da ditadura militar às máfias de caça-níquel, da ascensão do modelo de negócios miliciano até o assassinato de Marielle Franco, e os anos sombrios da experiência nacional com a eleição de Jair Bolsonaro. É um misto de reportagem com análise e historiografia. (Todavia Editora). *Grande programa: a mostra Scorseses, uma viagem através de filmes com temas caros ao cineasta. Até o dia 6 de dezembro nos cinemas Estação NET Botafogo e Estação NET Gávea. Durante o fim de semana, também nas sessões da meia-noite e nas matinês; e também no Estação NET Rio. *Caminhos Perigosos, Taxi Driver, Touro Indomável, Rei da Comédia, A Última Tentação de Cristo, Os Bons Companheiros, Os Infiltrados, A Época da Inocência, Cassino, Vivendo no Limite, são filmes/pérolas realizados por Martin Scorsese (hoje com 81 anos), um dos mestres do cinema. Todos a serem revistos nessa seleção com 12 filmes de ficção além de dois documentários. *A partir de 6 de dezembro outro evento cinematográfico importante: Cinema e Direitos Humanos. O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, participará do lançamento da 13ª Mostra Cinema e Direitos Humanos, às 16h00, no Cine Arte UFF, em Niterói. O cineasta Silvio Tendler é o homenageado desta edição, iniciativa dos Ministérios da Cultura e dos Direitos Humanos e da Cidadania com produção do Departamento de Cinema e Vídeo da Universidade Federal Fluminense. Serão exibidos filmes e montadas oficinas de cinema visando alcançar cerca de 700 professores que se especializarão no uso de filmes como ferramenta de ensino. A agenda vai até março de 2024. *O neoliberalismo está se fragmentando, mas o que surgirá entre os seus cacos? É a indagação de Nancy Fraser, considerada a principal teórica política feminista e marxista do século XXI. How Your System is devouring democracy, care and the planet – and what we can do about it, – Capitalism Canibal é o seu livro em vias de ser lançado em português pela Autonomia Literária em parceria com o site Outras Palavras. *Em recente entrevista a Maurício Ayer, Fraser diz: “Achamos que a crise atual é diferente. Mas a mudança climática parece ser uma virada no jogo. É uma ameaça existencial para todo o planeta, para qualquer coisa que se assemelhe a uma civilização humana. A questão é: o capitalismo pode resolver isso? Não posso dizer com certeza que não, mas tenho fortes dúvidas”. *Mulheres e crianças são responsáveis por cerca de 70 por cento de todas as mortes relatadas em Gaza, embora a maioria dos combatentes sejam homens. “Uma estatística extraordinária”, diz Rick Brennan, diretor regional de emergência do escritório do Mediterrâneo Oriental da Organização Mundial da Saúde. Mais que extraordinária: funesta e criminosa. *Como dizia Edward Said: “Nenhum povo quer ter que olhar para trás e reconhecer os horrores da sua própria história. Ao mesmo tempo, somente o reconhecimento dos sofrimentos mútuos – dos judeus no Holocausto e dos palestinos na Nakba – poderá gerar a reparação e os elos necessários para uma vida em comum”. *Quem relembra Said é Arlene Clemesha, competente pesquisadora, estudiosa emérita do assunto e professora de História Árabe da USP. Tradutora de Edward Said e autora, entre outros livros, de Marxismo e Judaísmo e Palestina 1948-2008, Clemesha se remete a obras de referência sobre a questão palestina que analisam a expulsão de palestinos de suas terras depois da criação de Israel: Why Did the Palestinians Leave? (1959/Middle East Forum), de Walid Khalidi; The Birth of the Palestinian Refugee Problem, 1947-1949 (1988/Cambridge University Press), de Benny Morris. *E mais: Imagem e Realidade do Conflito Israel-Palestina (2005/Record), de Norman Finkelstein; A Limpeza Étnica da Palestina (2006; Sundermann), de Ilan Pappé; Mapping My Return: a Palestinian Memoir (2016/The American University in Cairo Press), de Salman Abu Sitta; Expulsão dos Palestinos: o Conceito de “Transferência no Pensamento Político Sionista 1882-1948 (2021/Ed. Sundermann/Memo), de Nur Masalha  e Meu Nome É Adam (2022/ Tabla), de Elias Khoury. *Paul McCartney chega ao Brasil na turnê Got Back iniciada em abril do ano passado, nos Estados Unidos, e já estreou em Brasília. Seguem-se Belo Horizonte, onde se apresentará nos dias 3 e 4 de dezembro, na Arena MRV e São Paulo, nos dias 7, 9 e 10, no Allianz Parque. Curitiba será dia 13 de dezembro, no Estádio Couto Pereira e o fecho é no Rio, dia 16, no Maracanã. *"Sentia necessidade de registrar esse momento, fazer um arquivo do presente. Sabia que era um momento importante para nós, brasileiros, com tanta coisa séria em jogo”, comenta a cineasta Sandra Kogut sobre o momento em que decidiu fazer o seu novo documentário, No Céu da Pátria Nesse Instante, realizado ao longo do ano passado e acompanhando o processo eleitoral. O filme estreia no 56º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, de 9 a 16 de dezembro. *No próximo dia 4, das 17h30 às 20h00, na Livraria Leonardo da Vinci, lançamento Do livro Chumbo, de Virgínia Ferreira, no Rio de Janeiro. Com debate da autora com Eurídice Figueiredo e Lygia Jobim. *Expectativa de grandes bilheterias do filme Napoleão, de Ridley Scott, produção americana que acaba de estrear nos cinemas recriando as principais batalhas do imperador francês e retratando a relação amorosa conturbada entre ele e Josephine. O filme estará em breve no Apple TV+. *Mas há também Napoleón, produção francesa de 2002, épico monumental de Yves Simoneau com roteiro de Didier Decoin e baseado no best-seller do socialista e ex-Ministro de Miterrand, Max Gallo. No seu superelenco, Christian Clavier, Isabella Rossellini, Gérard Depardieu, John Malkovich, Anouk Aimée e mais 20 mil figurantes. Em cartaz no Youtube e elogiado por alguns telespectadores: “Maravilhoso esse filme; Hollywood esqueceu-se de como fazer filmes biográficos; a Europa não!”. A conferir. *Novo livro de Fernando Morais, Lula Volume Dois, tem lançamento planejado para março de 2024. O atual presidente da Inter Press Service é autor dos best-sellers A Ilha, Olga, Chatô: o Rei do Brasil, e foi Premio Jabuti em 2001 com Corações Sujos. *Apresentação de um documentário importante: “Um dos grandes nomes da história da ópera, a soprano greco-americana Maria Callas arrebatou o público com suas performances cheias de carga dramática aliadas a uma bela voz. Morta em 1977, aos 53 anos, vítima de um infarto, ela tem seu centenário de nascimento comemorado neste sábado, 2 de dezembro”. A data é festejada no Canal Curta! com a exibição, às 21h00, do documentário Maria Callas: Vida e Obra. O filme também pode ser visto via streaming no Curta!On – Clube de Documentários, no Prime Vídeo Chanel e também está disponível na Claro TV+. *A mídia francesa progressista assim registra o que ocorre durante a trégua na Faixa de Gaza, nos noticiários dos principais canais internacionais das grandes emissoras de TV: “Se o espectador reparar, os jornalistas só se interessam pelos israelenses libertados pelo Hamas, com os detalhes dos seus nomes, suas famílias etc. Por outro lado, nenhuma palavra sobre a identidade das palestinas e dos palestinos liberados das prisões pelo governo israelense”. *De olho na estreia nos cinemas, esta semana, de dois dentre os melhores filmes de Cannes 2023. Monster, do (mestre) japonês Hirokazu Kore-eda, e Folhas de Outono, do finlandês Aki Kaurismäki. Estreia também um dos melhores cartazes de Berlim do ano passado: o brasileiro Três Tigres Tristes, de Gustavo Vinagre. *Dia 6, às 13h00, no Parque Industrial da extinta usina Cambahyba, em Campos dos Goitacazes, onde foram incinerados corpos de presos políticos, inauguração do Memorial Campahyba, uma iniciativa de 42 instituições de resistência à ditadura de 64: Memória, Verdade, Justiça, Reparação e Reforma Agrária, ABI, ABJD – Juristas pela Democracia – entre elas. *Bônus - Programa imperdível: a sabatina do ministro Flavio Dino, dia 13 de dezembro, no Senado. **Jornalista carioca. Foi editora e redatora em programas da TV Globo e assessora de Comunicação da mesma emissora e da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro. Foi também colaboradora de Carta Maior e atualmente escreve para o Fórum 21 sobre Cinema, Livros, faz eventuais entrevistas. É autora de vários livros, entre eles Novos velhos: Viver e envelhecer bem (2011), Manual Prático de Assessoria de Imprensa (Coautora Claudia Carvalho, 2008), Maturidade – Manual De Sobrevivência Da Mulher De Meia-Idade (2001), entre outros. As informações acima são fornecidas por editoras, produtoras e exibidoras. A imagem é uma montagem do site Fórum21. Os artigos expressam o pensamento de seus autores e não necessariamente a posição editorial da RED. Se você concorda ou tem um ponto de vista diferente, mande seu texto para [email protected] . Ele poderá ser publicado se atender aos critérios de defesa da democracia.

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Encontro da militância de esquerda discute papel estratégico do litoral norte do RS

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Encontro da militância de esquerda discute papel estratégico do litoral norte do RS
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De PAULO TIMM* Um inédito encontro de militantes da esquerda de Torres com dirigentes estaduais de seus partidos,  promovido pelos Diretórios Municipais do PDT e do PT da cidade, realizou-se dia 29, dando início à sua  mobilização para as eleições  de 2024. Três Presidentes estaduais estiveram presentes: Romildo Bolzan do PDT, Marcio Souza do PV e Jussara Dutra do PT. PCdoB, PSOL e PSB enviaram  representantes. O objetivo do Encontro, realizado no Plenário Ruy Ruben Ruschel da Câmara de Vereadores de Torres, foi o de consolidar a posição dos Partidos de Esquerda na cidade com uma plataforma democrática e  desenvolvimentista para as eleições do ano que vem, estimulando  a  reorganização dos seus diretórios municipais. Pouco falaram, entretanto, das questões municipais e mesmo de eleições. A estratégia dos organizadores do Encontro, que deverá se traduzir numa Carta com as várias contribuições,  foi o de chamar a atenção da importância do Litoral Norte – e de Torres, em especial -  na crise econômica e demográfica que afeta o Estado nos últimos anos. Tendo sido o Nordeste do Rio Grande do Sul uma região de nível mais baixo de desenvolvimento no estado, com pouca densidade demográfica, ele agora desponta como uma área de grande dinamismo e capaz de se oferecer como espécie de redenção para o próprio RS. Enquanto todas as regiões perdem população, o Litoral Norte cresce vertiginosamente. Talvez mais de 500 mil pessoas tenham se transferido para cá desde a deflagração da pandemia e expansão do home office. Não basta, afirmou na abertura do encontro Carlos Paiva, economista da FACAT de Taquara que se tem dedicado aos estudos de Economia Regional, um Prefeito local propor um programa estritamente municipal. Ele deve estar preparado para defender a região e o município no cenário estadual marcado por este novo protagonismo do Litoral Norte. “Agir no local, mas situando-o no todo que o refere e envolve”, disse. Carlos Paiva teve seu último livro, “A Dívida Pública e a Mídia do RS – Uma História de Incompreensões”, editado recentemente  pela Mottironi Editora, de Torres, com o patrocínio do Conselho de Desenvolvimento da cidade, evidenciando, aqui também, um protagonismo inédito do município, com ativo papel  no debate econômico que hoje envolve todo o Estado. Outro estudo, aliás, divulgado pelo Conselho Municipal de Passo de Torres (SC), revela também a importância de se articularem esforços para o desenvolvimento do Programa do Vale Sagrado do Mampituba, no que seria o maior polo de turismo doméstico num futuro próximo, articulando a Serra Gaúcha, onde nasce o Rio Mampituba, com os Grandes Canions, para chegar à rica  hinterlândia que interliga a Mata Atlântica ao litoral. O Encontro também propiciou  uma viva confraternização de militantes já organizados em torno do PT e do PDT e outros em processo de organização como PV, PSB, PCdoB e PSOL com seus dirigentes Partidários estaduais, os quais levaram consigo o recado do Litoral Norte: “Rogai por nós!” Participou do Encontro apenas o Vereador Moisés Trisch, do PT, sendo de se estranhar a ausência de outros edis, com mandatos cavados no PSB e PDT, dando a entender um possível afastamento dos mesmos destas legendas nas próximas eleições. O sucesso do Encontro, enfim, gravado por vários veículos de comunicação e disponível no YouTube,  fortalece a articulação de esquerda na cidade,  confirmada pelo índice de 35% de votação em Lula para Presidente no segundo turno no ano passado e avança no sentido da construção de uma forte presença popular na vida pública da cidade que já teve, no passado, uma Prefeita deste campo ideológico. *Economista. Imagem em Pixabay. Os artigos expressam o pensamento de seus autores e não necessariamente a posição editorial da RED. Se você concorda ou tem um ponto de vista diferente, mande seu texto para [email protected] . Ele poderá ser publicado se atender aos critérios de defesa da democracia.

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LEIA NA ÍNTEGRA: Discurso de Lula na abertura da COP 28

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LEIA NA ÍNTEGRA: Discurso de Lula na abertura da COP 28
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou na manhã desta sexta-feira (1º) seu primeiro discurso na abertura da conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP 28, em Dubai, nos Emirados Árabes. Em um discurso forte, que rapidamente ganhou destaque internacional, Lula afirmou que gastos com armas deveriam ser usados contra a fome e a mudança climática. Além disso, frisou como o impacto climático afeta o Brasil e alertou sobre a necessidade de ter uma economia menos dependente de combustíveis. Confira o texto na íntegra: Uma mulher africana, a queniana Wangari Maathai, vencedora do prêmio Nobel da Paz, sintetizou bem o dilema da humanidade em sua relação com a natureza.  Disse ela: “A geração que destrói o meio ambiente não é a geração que paga o preço”.  O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas alertou que temos somente até o final desta década para evitar que a temperatura global ultrapasse um grau e meio acima dos níveis pré-industriais. 2023 já é o ano mais quente dos últimos 125 mil anos. A humanidade sofre com secas, enchentes e ondas de calor cada vez mais extremas e frequentes. No Norte do Brasil, a Amazônia amarga uma das mais trágicas secas de sua história. No Sul, tempestades e ciclones deixam um rastro inédito de destruição e morte.  A ciência e a realidade nos mostram que desta vez a conta chegou antes.  O planeta já não espera para cobrar da próxima geração.  O planeta está farto de acordos climáticos não cumpridos.  De metas de redução de emissão de carbono negligenciadas.  Do auxílio financeiro aos países pobres que não chega.  De discursos eloquentes e vazios. Precisamos de atitudes concretas. Quantos líderes mundiais estão de fato comprometidos em salvar o planeta?  Somente no ano passado, o mundo gastou mais de US$ 2 trilhões e 224 milhões de dólares em armas. Quantia que poderia ser investida no combate à fome e no enfrentamento da mudança climática.  Quantas toneladas de carbono são emitidas pelos mísseis que cruzam o céu e desabam sobre civis inocentes, sobretudo crianças e mulheres famintas?  A conta da mudança climática não é a mesma para todos. E chegou primeiro para as populações mais pobres. O 1% mais rico do planeta emite o mesmo volume de carbono que 66% da população mundial.  Trabalhadores do campo, que têm suas lavouras de subsistência devastadas pela seca, e já não podem alimentar suas famílias. Moradores das periferias das grandes cidades, que perdem o pouco que têm quando a enchente arrasta tudo: casas, móveis, animais de estimação e seus próprios filhos.  A injustiça que penaliza as gerações mais jovens é apenas uma das faces das desigualdades que nos afligem. O mundo naturalizou disparidades inaceitáveis de renda, gênero e raça.   Não é possível enfrentar a mudança do clima sem combater as desigualdades. Quem passa fome tem sua existência aprisionada na dor do presente. E torna-se incapaz de pensar no amanhã.  Reduzir vulnerabilidades socioeconômicas significa construir resiliência frente a eventos extremos.  Significa também ter condições de redirecionar esforços para a luta contra o aquecimento global. Em 2009, quando participei da COP15, em Copenhague, a arquitetura da Convenção do Clima estava à beira do colapso.  As negociações fracassaram e foi preciso um grande esforço para recuperar a confiança e chegar ao Acordo de Paris, em 2015. Ao retornar à presidência do Brasil, constato que estamos, hoje, em situação semelhante.  O não cumprimento dos compromissos assumidos corrói a credibilidade do regime.  É preciso resgatar a crença no multilateralismo. É inexplicável que a ONU, apesar de seus esforços, se mostre incapaz de manter a paz, simplesmente porque alguns dos seus membros lucram com a guerra.  É lamentável que acordos como o Protocolo de Kyoto (1997) ou os Acordos de Paris (2015) não sejam implementados.  Governantes não podem se eximir de suas responsabilidades. Nenhum país resolverá seus problemas sozinho. Estamos todos obrigados a atuar juntos além de nossas fronteiras.  O Brasil está disposto a liderar pelo exemplo. Ajustamos nossas metas climáticas, que são hoje mais ambiciosas do que as de muitos países desenvolvidos. Reduzimos drasticamente o desmatamento na Amazônia e vamos zerá-lo até 2030. Formulamos um plano de transformação ecológica, para promover a industrialização verde, a agricultura de baixo carbono e a bioeconomia.   Forjamos uma visão comum com os países amazônicos e criamos pontes com outros países detentores de florestas tropicais. O mundo já está convencido do potencial das energias renováveis.   É hora de enfrentar o debate sobre o ritmo lento da descarbonização do planeta e trabalhar por uma economia menos dependente de combustíveis fósseis. Temos de fazê-lo de forma urgente e justa.    Vamos trabalhar de forma construtiva, com todos os países, para pavimentar o caminho entre esta COP 28 e a COP30, que sediaremos no coração da Amazônia.   Não existem dois planetas Terra. Somos uma única espécie, chamada Humanidade.  Todos almejamos tornar o mundo capaz de acolher com dignidade a totalidade de seus habitantes – e não apenas uma minoria privilegiada. Como nos convida o Papa Francisco na Encíclica “Todos Irmãos”, precisamos conviver na fraternidade.  Muito obrigado. Informações do Palácio do Planalto Foto: Ricardo Stuckert/PR

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Educação Fiscal – ferramenta para entender a sociedade

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Educação Fiscal – ferramenta para entender a sociedade
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De JOÃO CARLOS LOEBENS* Neste ano de 2023 o Programa Estadual de Educação Fiscal do Estado do RS completou 20 anos. Entre as atividades comemorativas esteve a realização do 1º Congresso Latino-Americano de Educação Fiscal no Teatro da PUC, com mais de 400 participantes. Notícia pode ser conferida nesse endereço: https://receita.fazenda.rs.gov.br/conteudo/19205/palestras%2c-paineis-e-apresentacao-de-livro-marcam-inicio-do-1%C2%BA-congresso-latino-americano-de-educacao-fiscal . Costumo dizer que a educação fiscal é um instrumento, uma ferramenta, que nos ajuda a entender a sociedade, a entender o mundo em que vivemos, e inclusive nos ajuda a nos entendermos a nós mesmos!  Quando falamos em educação fiscal, normalmente o mapa mental da pessoa fica meio em branco, temos dificuldade para definir a que se refere. Às vezes o pensamento remete para a figura da pessoa que fiscaliza e multa. No entanto, quando falamos de educação fiscal, o termo fiscal se refere a orçamento, ao orçamento fiscal, que é integrado, por um lado, pelas despesas (ou gastos públicos) e, pelo outro lado, pelas receitas (públicas, basicamente os impostos). Para muitas atividades na vida se utiliza o orçamento: orçamento da festa de aniversário, da construção ou da viagem. O equilíbrio entre os dois lados do orçamento é a regra do jogo, e para tanto é necessário buscar o controle sobre as receitas e as despesas do orçamento, tanto faz se é orçamento público ou orçamento privado.  Nesse sentido, para alcançar o necessário e almejado controle, é preciso conhecer os itens do orçamento, quantidades, valores e demais informações. E, para conhecer, é necessário ter acesso.  E para ter acesso, é necessária a transparência. Somente controlo aquilo que conheço, e somente conheço aquilo que tenho acesso! Por isso que a educação fiscal é tão importante: para conhecer e controlar o orçamento público de qualquer das entidades que compõe a administração pública. O ser humano é um ser essencialmente social, sendo praticamente impossível a vida sem interação com algum grupo. Na organização dos grupos sociais, em qualquer lugar do mundo e desde o início da humanidade, existem as necessidades comuns. Um exemplo disso são p.ex. as estradas, que têm um custo de abertura e manutenção. Poderíamos dizer que todos almejamos um convívio social harmônico. Isso passa, por exemplo, pela administração do orçamento público de construção e manutenção das estradas, para uso para lazer ou para trabalho. Os empresários precisam muito das estradas, tanto para que os trabalhadores cheguem para trabalhar, como para transportar a produção até o consumidor.  Quando se debate nas rodas de conversa sobre o serviço público, sobre viabilizar o a importante segurança para vida em sociedade, poderíamos afirmar que, embora seja relativamente comum ver aplausos a discursos contrários ao Estado e aos tributos, não existe no mundo, uma sociedade sequer, que consiga viver sem uma organização política, estruturada através de um Estado, nos seus diferentes formatos, e da cobrança de tributos para custear as despesas comuns à convivência.  Nesse sentido, a educação fiscal nos ajuda no entendimento de como funciona e se organiza a sociedade, desempenhando um papel fundamental para que uma sociedade alcance o convívio social, e que esse convívio social seja o mais harmônico possível. A Educação Fiscal é um caminho para a construção de um futuro melhor para a sociedade em que vivemos. *Auditor Fiscal da Receita Estadual do Rio Grande do Sul, doutorando em economia pela Universidade de Alcalá e membro do Instituto Justiça Fiscal. Imagem em Pixabay. Os artigos expressam o pensamento de seus autores e não necessariamente a posição editorial da RED. Se você concorda ou tem um ponto de vista diferente, mande seu texto para [email protected] . Ele poderá ser publicado se atender aos critérios de defesa da democracia.

Caminhos da Democracia com Raul Pont: Dilton Castro e “A Democracia e o Meio Ambiente”
Política na Veia | 44 | A muamba do Jair | AO VIVO
Quarta com Elas – Portal Litoral Norte RS – RED – Brasil Popular – O Coletivo – TV Ecosol
Política na Veia | 39 | O PL de Bolsonaro lava roupa suja no WhatsApp

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O PETRÓLEO E A TRANSIÇÃO EERGÉTICA | ESPAÇO PLURAL – 01/12/2023
JORNAL AS TRABALHADORAS E DOS TRABALHADORES
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