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Deslegitimando o poder através da afirmação “o Supremo é o povo”

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Deslegitimando o poder através da afirmação “o Supremo é o povo”
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De ALEXANDRE CRUZ* Nos últimos anos, o Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil tem sido alvo de intensos debates e ataques políticos, com algumas figuras públicas indo tão longe a ponto de afirmar que o Supremo é "o povo". Esta afirmação, recentemente proferida pelo líder religioso Silas Malafaia, é emblemática de uma narrativa que visa deslegitimar o papel do STF como guardião da Constituição brasileira e como parte integrante do sistema democrático do país. A declaração de Malafaia, embora possa parecer uma simplificação ingênua, reflete uma estratégia política mais ampla adotada por certos setores da sociedade brasileira. Essa estratégia busca minar a autoridade e a independência do Supremo Tribunal Federal, principalmente quando suas decisões entram em conflito com interesses políticos específicos. Através da retórica de que "o Supremo é o povo", tenta-se subverter a ideia de que o tribunal deve ser imparcial e proteger os direitos fundamentais de todos os cidadãos, independentemente de sua filiação política ou status social. Além disso, vimos recentemente um aumento significativo nos ataques diretos a membros do STF, como o ministro Alexandre de Moraes, que tem sido alvo de uma campanha coordenada por figuras proeminentes da extrema direita brasileira, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados políticos. Esta campanha não se limita ao âmbito interno do Brasil, mas também se estende internacionalmente, com figuras como Elon Musk e deputados republicanos alinhados com a ideologia de Donald Trump expressando apoio aos ataques contra o Supremo Tribunal. Esses ataques representam uma ameaça grave à democracia brasileira e à independência do judiciário. Ao tentar minar a credibilidade do STF e intimidar seus membros, esses atores políticos buscam consolidar seu poder e impor sua agenda política sem o devido escrutínio judicial. Isso coloca em risco não apenas o Estado de Direito, mas também os direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos brasileiros. É fundamental que a sociedade brasileira rejeite essa narrativa perigosa e defenda firmemente a independência do Supremo e a integridade de seu papel como guardião da Constituição. O judiciário deve permanecer imune a pressões políticas e garantir que todos sejam tratados igualmente perante a lei. Somente assim podemos proteger e fortalecer nossa democracia contra os ataques daqueles que buscam minar suas bases fundamentais em nome de interesses partidários ou ideológicos. *Jornalista político. Imagem em Pixabay. Os artigos expressam o pensamento de seus autores e não necessariamente a posição editorial da RED. Se você concorda ou tem um ponto de vista diferente, mande seu texto para redacaositered@gmail.com . Ele poderá ser publicado se atender aos critérios de defesa da democracia.

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Filme de especial interesse

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Filme de especial interesse
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De LÉA MARIA AARÃO REIS* No pacote de filmes agraciados com os prêmios mais significativos da temporada de 2023 nos principais festivais internacionais do norte global, o britânico Zona de Interesse, de Jonathan Glazer é um deles. Faz companhia a Anatomia de uma queda, Oppenheimer, e a outros indicados para estatuetas como Os Rejeitados, Vidas Passadas, Assassinos da Rua das Flores, Dias Tranquilos, Maestro, Ficção Americana, Monstro, 20 Dias em Mariuol e Pobres Criaturas. Todos eles, aos poucos, estendem ou encerram suas carreiras nas telonas e começam a constar dos catálogos de plataformas de streaming*, as temidas concorrentes do comércio de exibidores de filmes nos cinemas. The Zone of Interest é uma adaptação do romance homônimo do escritor Martin Amis lançado há dez anos, e trata, com crueza, vigor e inteligência, da trajetória do oficial da SS nazista Rudolf Franz Ferdinand Höss, comandante durante dois anos do campo de concentração de Auschwitz, a prisão e o local do morticínio de judeus e minorias (ciganos, poloneses, soviéticos). Na verdade, Auschwitz foi um agrupamento de 50 campos com câmeras de gás e fornos crematórios concebidos para matar em grande escala e um dos mais fortes símbolos do terror praticado pelos nazistas da Alemanha de Hitler durante a Segunda Guerra Mundial. O filme chega aos cinemas às vésperas da comemoração do Dia da Vitória, no próximo nove de maio, data da arrancada final das forças soviéticas, liderando os aliados contra os alemães. Este ano, o lançamento do longa-metragem de Glazer repercute especialmente forte diante do avanço de forças neofascistas da extrema-direita em diversos países, da ameaça de pré-guerra total que volta a pairar sobre o planeta e da carnificina praticada na Palestina, na Faixa de Gaza. A passividade de governos em agir com sincera vontade diante do sofrimento de populações, como a palestina, mergulhadas em tal violência arrasta à indiferença e a um notável egocentrismo os povos que não estão diretamente envolvidos nos conflitos que pipocam em vários cantos. É sobre essa indiferença assombrosa embutida em uma desumanidade antinatural que Zona de Interesse obriga à reflexão, relatando a trajetória monstruosa de uma família alemã vivendo feliz e despreocupada, com todos os requintes de um cotidiano burguês, na sua casa vizinha às edificações do maior campo de concentração e de extermínio em massa já instalado pelo homem. Premiado no Festival de Cannes deste ano, eleito Oscar de Melhor Filme Internacional em Los Angeles, e indicado para a estatueta dourada em cinco categorias, com sua hora e 45 minutos de duração, o longa-metragem mistura drama, guerra e história. Acompanha o inimaginável dia a dia bucólico de Rudolf (Christian Friedel), o referido comandante de Auschwitz, da sua mulher Hedwig (a premiada atriz Sandra Hüller), e dos filhos do casal. Um grupo familiar congelado na indiferença, obsessivamente bem organizado e sem sobressaltos, concentrado em manter seus interesses – materiais sobretudo. Na residência cercada de jardins, flores, piscina, gazebos e um haras mantidos com o trabalho escravo de algumas prisioneiras e prisioneiros, para qualquer lado que a vista alcança, como se vê nas imagens do filme de Glazer, o topo das chaminés e das construções vizinhas, de tijolos, dentro das quais um milhão e meio de seres humanos, adultos, idosos, jovens e crianças, eram incinerados em altos fornos projetados pela equipe de arquitetos que trabalharam com Höss. Na voz unânime da crítica cinematográfica The Zone of Interest é “um filme devastador” na sua escolha admirável de narrar e denunciar a possibilidade permanente de convivermos com a maldade visceral mantendo a tranquilidade da nossa vida intocada desde que o sofrimento atinja os ‘outros’, até mesmo os mais próximos. “Quis fazer esse filme porque nunca vi nada tão explícito nem parecido antes”, disse Glazer em uma das incontáveis entrevistas concedidas por ele quando o filme começou a ser um sucesso. “A história contada por Martin Amis vai ao encontro de algo que me interessa muito: por que as pessoas fazem o mal? Como as pessoas podem encarar a matança como alguma coisa corriqueira assim como consertar uma roupa ou varrer o chão?”. Assim como Höss é assaltado por ânsias de vômito, de repente, em certa sequência, ao descer uma escadaria depois de participar de uma grande festa, a mesma náusea tende a assaltar o espectador de Zona de Interesse. Apesar do filme não mostrar um tiro, nenhuma imagem do horror no interior de Auschwitz I, Auschwitz II ou de Birkenau, ou de prisioneiros transformados em esqueletos, ou os eventuais fuzilamentos, o desembarque brutal de milhares de indivíduos descendo dos trens vindos da Polônia ou da França, Zona de Interesse é um filme obrigatório que escancara a essência humana. Nele, não há um close dos protagonistas. Apenas uma sucessão de long shots sublinhando e insistindo no ambiente de indiferença de uma família feliz, vizinha de um matadouro de seres semelhantes. Um filme pedagógico. https://www.youtube.com/watch?v=dzVAp0dOeg4 *Jornalista carioca. Foi editora e redatora em programas da TV Globo e assessora de Comunicação da mesma emissora e da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro. Foi também colaboradora de Carta Maior e atualmente escreve para o Fórum 21 sobre Cinema, Livros, faz eventuais entrevistas. É autora de vários livros, entre eles Novos velhos: Viver e envelhecer bem (2011), Manual Prático de Assessoria de Imprensa (Coautora Claudia Carvalho, 2008), Maturidade – Manual De Sobrevivência Da Mulher De Meia-Idade (2001), entre outros. Imagem: divulgação. Os artigos expressam o pensamento de seus autores e não necessariamente a posição editorial da RED. Se você concorda ou tem um ponto de vista diferente, mande seu texto para redacaositered@gmail.com . Ele poderá ser publicado se atender aos critérios de defesa da democracia.

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O lugar da política é em todo lugar

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O lugar da política é em todo lugar
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De ELIS RADMANN* Parte do meu cotidiano como cientista social e política está relacionado com o estudo do funcionamento da política e, em especial, sobre o comportamento político eleitoral. Não é de hoje que a maior parte da população não gosta de política, não se interessa e não tem o hábito de conversar sobre política. A maioria não se envolve com partido político e não participa de nenhum tipo de entidade representativa (como associações, sindicatos, conselhos, etc.). As redes sociais potencializaram a participação e o engajamento político virtual de parte da sociedade e o IPO - Instituto Pesquisas de Opinião tem monitorado o interesse por temas políticos. Atualmente, ¼ dos gaúchos costuma acompanhar postagens sobre política e ¼ procura o tema quando há um debate que interessa, principalmente quando há polêmicas. A outra metade dos gaúchos afirma que não utiliza as redes sociais para se informar sobre política ou nunca se informou sobre o tema. Na prática, a população tem sido, sistematicamente, ensinada a não gostar de política através das sucessivas experiências negativas com a política partidária. Como a sociologia e a ciência política não estão presentes no currículo das escolas desde as séries iniciais, o conhecimento sobre política ocorre através da experimentação: a população vive a experiência com a política partidária do país e, através dela, tira suas conclusões. E o que a política partidária tem ensinado à população: - Que promessas feitas não precisam necessariamente ser cumpridas; - Que uma coligação pode fazer inimigos políticos se tornarem amigos; - Que o toma lá, dá cá faz parte das negociações políticas; - Que a corrupção envolve políticos de todos os partidos; - Que as leis são feitas pelos políticos para beneficiar os políticos; - Que a política faz a vida piorar. Para tentar se defender, a população que não confia nos partidos tenta acreditar na pessoa de um político, no qual deposita as esperanças até que haja uma nova decepção. A cultura política instituída no País nos ensina que o "bom" é se manter longe da política, como se política fosse algo ruim. E o que aprendemos com os exemplos ruins contraria o princípio da democracia representativa que pressupõe participação da população, em que todo poder emana do povo. A política é o que nos une em sociedade, o que pode inspirar o sentimento de comunidade, de solidariedade. A política é a arte do diálogo, da negociação, do estabelecimento de regras, da pactuação. A política fez nascer o contrato social entre as pessoas, a política é a base do direito e das leis que nos regem. A política está presente nas relações entre os casais, quando decidem se terão uma relação mais conservadora ou aberta. A política está em nossas casas, quando decidimos como iremos criar os nossos filhos, se será uma relação menos ou mais democrática. A política está dentro das escolas, na lição do professor que determina se seus alunos irão ou não participar da aula. A política está presente nas relações de trabalho, quando os gestores da empresa decidem as regras internas de convívio ou se irão dar benefícios além do que a lei exige. A política está presente em nossas relações, nos micro espaços de poder do nosso dia a dia, em todo o lugar que temos a capacidade de decidir ou fazer algo pelo outro. A política está presente nas nossas escolhas e na maneira como vemos o mundo. A política está presente no mundo que idealizamos. *Cientista social e política. Fundadora do IPO – Instituto Pesquisas de Opinião. Conselheira da Associação Brasileira de Pesquisadores de Mercado, Opinião e Mídia (ASBPM) e Conselheira de Desburocratização e Empreendedorismo no Governo do Rio Grande do Sul. Coordenou a execução da pesquisa EPICOVID-19 no Estado. Imagem em Pixabay. Os artigos expressam o pensamento de seus autores e não necessariamente a posição editorial da RED. Se você concorda ou tem um ponto de vista diferente, mande seu texto para redacaositered@gmail.com . Ele poderá ser publicado se atender aos critérios de defesa da democracia.

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Extermínio palestino será uma das mais trágicas heranças da dominação imperial dos EUA

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Extermínio palestino será uma das mais trágicas heranças da dominação imperial dos EUA
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De JEFERSON MIOLA* A Administração Biden vetou no Conselho de Segurança [18/4] a admissão da Palestina como membro pleno da ONU. A medida desrespeita a Resolução 181 de 29/11/1947 da própria ONU, aquela que arbitrariamente criou dois Estados às custas da partilha da Palestina. Na prática, esta decisão significa que, do ponto de vista legal e formal, a Palestina continuará não existindo como um país soberano, e continuará sendo não-membro observador das Nações Unidas. Esta condição absurda retira dos palestinos o poder de participar de instâncias relevantes da ONU, como o Conselho de Segurança, e de exercer prerrogativas legais, como votar e propor resoluções. E é, obviamente, algo totalmente kafkiano. Além da Palestina, só o Vaticano tem o status de não-membro observador da ONU. Com a diferença, contudo, de que ao contrário da cidade-sede da Igreja Católica, os palestinos possuem uma população permanente e reconhecida étnica, histórica e culturalmente enquanto povo. Os palestinos também possuem seu território milenar, que foi permanentemente espoliado e roubado pelos sionistas no marco da estratégia colonialista, em especial a partir dos anos 1920 do século passado. Os palestinos também elegem seus governos, que são desrespeitados por Israel. Além disso, são reconhecidos como Nação legítima e soberana por mais de 140 países. O vice-embaixador dos EUA na ONU, Robert Wood, abusou da hipocrisia. Ao explicar o inexplicável, ele argumentou que os EUA não se opõem à criação de um Estado palestino, mas “apenas” defendem que o reconhecimento da Palestina deverá vir “de negociações diretas entre as partes”, ou seja, da concordância que nunca acontecerá do regime nazi-sionista de Israel, que neste exato momento está empenhado em executar a “solução final” de limpeza étnica com a inteira devastação dos territórios palestinos. Dois dias depois do veto na ONU, em pleno sábado [20/4] o Congresso estadunidense aprovou a liberação de mais 26 bilhões de dólares para Israel acelerar o genocídio do povo palestino confinado no Gueto de Rafah. A bestialidade israelense que já assassinou pelo menos 41 mil pessoas e deixou feridas mais de 76 mil, a imensa maioria delas crianças, mulheres e idosas, não poupa hospitais, escolas, igrejas, mesquitas, escritórios da ONU, ambulâncias, comboios de ajuda humanitária e residências das famílias. Nem mesmo a memória arquitetônica é preservada, pois tudo deve ser inteiramente destruído. A ideia é fazer terra arrasada; apagar os mínimos resquícios da memória palestina; exterminar todos e quaisquer traços e reminiscências da “raça inferior”. Neste empreendimento genocida, terrorista e criminoso, Israel conta com a solidariedade, o apoio e a cumplicidade integral do establishment estadunidense. Os EUA não permitem a adoção de nenhuma solução política, negociada ou pacífica para superar esta terrível realidade, assim como vetam todas tentativas de cessar-fogo e de socorro humanitário aos palestinos. O império estadunidense é responsável pelas maiores tragédias da humanidade, a começar pelo uso extemporâneo criminoso da bomba nuclear, detonada para afirmar seu poder mundial já quando não se fazia necessário; e, depois, nas sucessivas guerras, massacres e ataques a vários povos considerados inimigos ao redor do mundo. O extermínio do povo palestino será uma das mais trágicas heranças do poder imperial que os EUA exercem no mundo. Dramaticamente, esta tragédia tem todas as condições de acontecer antes da chegada do fim deste poder imperial, que está em curso. *Analista político. Artigo publicado originalmente no blog do autor. Ilustração: Carlos Latuff. Os artigos expressam o pensamento de seus autores e não necessariamente a posição editorial da RED. Se você concorda ou tem um ponto de vista diferente, mande seu texto para redacaositered@gmail.com . Ele poderá ser publicado se atender aos critérios de defesa da democracia.

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Meio Ambiente em Porto Alegre nas eleições 2024

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Meio Ambiente em Porto Alegre nas eleições 2024
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De ADELI SELL* Uma das pautas prioritárias das eleições na capital rio-grandense será o tema ambiental. Os debates sobre o clima e a sustentabilidade vão permear as conversas. Vão sair cards e vídeos com o lixo espalhado por todos os cantos. Mas isso por si só não resolve. E para o atual titular do Paço Municipal este não será um tema fácil. O RIO E A CIDADE Atualmente, sabe-se que tecnicamente o Guaíba é um lago, mas todos teimamos em falar do nosso rio. Eu falo da beira do rio, como sempre denominamos este trecho às margens do lago/rio. E a pergunta é: quem invadiu quem? Falou-se muito que o rio invadiu a cidade. Mas, na verdade, foi a cidade que invadiu o leito do seu espelho de água, com os inúmeros e vastos aterros. Adentramos o rio e queremos que ele nos respeite contra a sua própria natureza. “Do rio que tudo arrasta se diz que é violento. Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem”, já nos ensinara Bertold Brecht. Porto Alegre aprendeu na marra, com as enchentes, com 1941 e com as recentes. A PRIMEIRA SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE A Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade, hoje, SMAMUS, era conhecida como SMAM. Foi criada pelo prefeito Guilherme Socias Villela em 1976, sendo primeira secretaria do meio ambiente do país. Foi um exemplo de instituição pública, servindo de parâmetro para a criação de outras pelo Brasil afora. Esculhambada pela gestão do prefeito Nelson Marchezan, piorada na atual gestão de Sebastião Melo, não passa de uma central de despachos de licenças, muitas vezes duvidosas, contrastando com sua história. EM TEMPO DE "ESG” Pode até haver muito marketing fajuto esta badalada sigla "ESG" (Environmental, Social and Governance - Sustentabilidade ambiental, Social e de Governança corporativa), porém aqui na capital dos rio-grandenses estes conceitos são ficção. CIDADE ARBORIZADA Porto Alegre sempre teve a fama de capital mais arborizada do Brasil. Pode ter sido, pode até ainda ser. Porém, as devastações de árvores, conhecida aqui como “arboricídio” é algo gritante. As podas, no geral, são criminosas, em conluio com a companhia de energia elétrica. É um dos temas abordados na CPI DA EQUATORIAL, empresa que substitui a CEEE, num processo insano de privatização. Já em Medelin, na Colômbia, existe outra mentalidade, como são os corredores de arborização urbana, que reduzem a temperatura das cidades. Mesmo no Rio, acaba de ser constituído um programa para diminuir o calor das favelas com arborização adequada. PLANO DIRETOR DE ARBORIZAÇÃO URBANA Com base na Resolução do Conselho Municipal do Meio Ambiente, constituiu-se um “plano” construído pela papisa da arborização do país, a sempre lembrada, Maria do Carmo Sanchotene. Agora, como vereador propus sua transformação em Lei. QUESTÃO DE MEMÓRIA Se não ficarmos todo o tempo lembrando que fomos a primeira capital a ter uma secretaria específica, que a Agapan foi a primeira entidade ambiental fundada por aqui, os destruidores do ambiente vão se sentido donos da cidade, com sua selva de pedras, com temperaturas insuportáveis, mas com suas burras cheio de reais... Na luta pela Memória, o ambiente tem que estar presente. *Professor, escritor, bacharel em Direito, vereador em Porto Alegre. Imagem em Pixabay. Os artigos expressam o pensamento de seus autores e não necessariamente a posição editorial da RED. Se você concorda ou tem um ponto de vista diferente, mande seu texto para redacaositered@gmail.com . Ele poderá ser publicado se atender aos critérios de defesa da democracia.

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