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Importação de produtos de Cannabis medicinal cresce 93% em 12 meses, aponta Anvisa

Importação de produtos de Cannabis medicinal cresce 93% em 12 meses, aponta Anvisa

Geral por RED
30/07/2023 12:22

A importação de produtos à base de cannabis aumentou 93% no Brasil nos últimos 12 meses, de acordo com dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Com o veto da importação de partes da planta in natura, as principais formas de administração dos princípios ativos da cannabis são os óleos, pomadas e medicamentos orais, que continuam liberados para pacientes com receita médica.

Entre julho de 2021 e junho de 2022, foram 58.292 pedidos atendidos. Já nos 12 meses entre julho de 2022 e junho deste ano, foram 112.731 autorizações, um aumento de 93%.

Segundo informações do g1, o crescimento acompanha uma tendência global de redescoberta de princípios ativos da planta cannabis (popularmente conhecida como maconha) para tratamento de sintomas de condições que vão desde a epilepsia e o Parkinson até a ansiedade e a depressão.

O uso recreativo da planta é ilegal no Brasil, mas a importação de produtos derivados da cannabis é liberada pela Anvisa desde 2015.

De acordo com dados da Kaya Mind, empresa especializada em inteligência de mercado para o setor da cannabis e mercados afiliados, o Brasil já conta com mais de 180 mil pacientes. “A Kaya mapeou mais de 80 empresas e 1900 produtos relacionados à cannabis que estão ao alcance dos brasileiros”, afirma relatório sobre o mercado brasileiro em 2022.

Neste mês, foi vetada no país a importação de partes da planta in natura, usadas nas indicações de vaporização. A Anvisa explica que a decisão veio depois de uma exploração comercial equivocada das brechas legais, com propagandas na internet que descaracterizam o uso medicinal racional da planta.

O farmacêutico Fábio Costa Júnior, que é coordenador na Associação Brasileira das Indústrias de Cannabis (ABICANN) e consultor em projetos de cannabis e cânhamo, acredita que “para uma evolução coerente do cenário brasileiro, precisamos do avanço legislativo regulatório, permitindo o cultivo em vários níveis, para diminuir custo de manufatura, ampliar o desempenho tecnológico, qualificar mão de obra, gerar mais empregos e expandir o acesso ao tratamento, no mínimo”.

 

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