Curtas
Desenrola Brasil é bem avaliado, mas taxa de juros contribui para a inadimplência
Desenrola Brasil é bem avaliado, mas taxa de juros contribui para a inadimplência
O programa Desenrola Brasil, do governo federal, começou no dia 17 de julho e já renegociou R$ 500 milhões em dívidas na primeira semana de funcionamento. A estimativa é de que 1,5 bilhões de CPFs sejam desnegativados somente nesta primeira etapa.
A queda da inadimplência e o alívio de ter o nome limpo são os assuntos do Espaço Plural desta quarta-feira, 26. O programa recebeu o mestre em Economia, André Scherer; o professor e diretor do Centro de Estudos e Pesquisas Econômicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IEPE-UFRGS), Alessandro Donadio Miebach; e a professora associada do Instituto de Economia da Universidade Federal de Campinas (Unicamp) Simone Deos.
A inadimplência afeta a vida de quem deve não somente no lado financeiro, mas também social, físico e mental. O impedimento do consumo também prejudica o andamento da economia. Para o economista André Scherer, o programa de renegociação de dívidas do governo federal é positivo, mas com pouco fôlego se não estiver associado a uma redução da taxa de juros – motivo de embate entre Lula e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
“Essas pessoas que estão inadimplentes, na verdade a maior parte delas já pagou muito em taxa de juros. Já transferiu pro sistema financeiro uma parcela super importante da sua renda sob a forma de taxa de juros. Elas simplesmente, vamos dizer assim na maior parte dos casos, as pessoas não têm mais condições de pagar. Elas já pagaram duas, três, quatro vezes as suas dívidas”, afirmou a professora Simone Deos.
A iniciativa também é relevante para os bancos que podem recuperar os créditos desses clientes, como aponta o professor Alessando Miebach. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirmou que com o programa essas pessoas serão reintroduzidas na economia.
Assista ao programa completo:
O programa Espaço Plural vai ao ar no YouTube e no Facebook de segunda à sexta-feira, a partir das 14h, com a apresentação do jornalista Solon Saldanha.
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil.
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