Curtas
Câmara aprova lei que pune discriminação contra Pessoas Politicamente Expostas. Grupo é formado por mais de 99 mil nomes
Câmara aprova lei que pune discriminação contra Pessoas Politicamente Expostas. Grupo é formado por mais de 99 mil nomes
A Câmara dos Deputados aprovou na noite de quarta-feira, 14, o Projeto de Lei (PL) nº 2720/23 que criminaliza a discriminação contra Pessoas Politicamente Expostas (PPEs) como políticos, alta cúpula do Judiciário e do Ministério Público e familiares. O texto foi apresentado pela deputada Dani Cunha (União-RJ) e aprovado por 252 votos a 163.
Segundo a proposta, está sujeito a pena de 2 a 4 anos de retenção e multa quem que se negar a abrir uma conta-corrente, conceder crédito ou outros serviços para pessoas incluídas neste grupo. O mesmo vale quando envolver uma pessoa jurídica controlada pela pessoa politicamente exposta.
Também estão sujeitos à penalidade quem negar emprego em empresa privada, impedir o acesso a um cargo público ou a promoção funcional da pessoas politicamente expostas, investigados ou réus em processos que cabem recursos.
O texto original também incluía injurias contra alguém politicamente exposto, investigado ou réu com possibilidade de recurso. Entretanto, o item já está previsto no Código Penal com punição prevista de um a seis meses de detenção e multa. O relator Claudio Cajado (PP-BA) retirou essa parte da proposta.
Quem são as PPEs?
De acordo com o g1, com informações do Portal da Transparência, mais de 99 mil pessoas foram o grupo de pessoas politicamente expostas. A lista é atualizada pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF). Segundo a reportagem, a lista dá atenção a essas pessoas para combater casos de corrupção e lavagem de dinheiro.
- Políticos eleitos e detentores de altos cargos nos três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e nas três esferas de governo (federal, estadual e municipal);
- Pessoas em cargos comissionados (assessores, diretores etc.).
- Presidentes de partidos e de estatais
- Reitores
- Comandantes da Polícia Militar
- Familiares destas pessoas em linha direita e até segundo grau, empresas e sócios
- Pessoas que estejam respondendo a investigação preliminar, termo circunstanciado, inquérito ou a qualquer outro procedimento investigatório de infração penal, civil ou administrativa, ou pessoas que figuram como rés em processo judicial em curso
Votação
A proposta foi colocada para votação de última hora pelo presidente Arthur Lira (PP-AL) sem ser discutida em nenhuma comissão. A matéria foi aprovada por 252 votos a 163 e será analisada pelo Senado Federal. O PSC foi o único a se posicionar totalmente a favor. Já o PSOL, PCdoB, Novo, Rede e Cidadania votaram contra a proposta. Os demais partidos se dividiram entre votos contra e a favor do projeto.
A maioria dos parlamentares eleitos pelo Rio Grande do Sul votaram contra o texto:
Any Ortiz (Cidadania) – Não
Alceu Moreira (MDB) – Não
Márcio Biolchi (MDB) – Sim
Osmar Terra (MDB) – Não
Marcel van Hattem (Novo) – Não
Daiana Santos (PCdoB) – Não
Afonso Motta (PDT) – Sim
Pompeo de Mattos (PDT) – Sim
Bibo Nunes (PL) – Não
Giovani Cherini (PL) – Sim
Marcelo Moraes (PL) – Não
Sanderson (PL) – Não
Mauricio Marcon (Podemos) – Não
Afonso Hamm (PP) – Não
Pedro Westphalen (PP) – Não
Luciano Azevedo (PSD) – Não
Daniel Trzeciak (PSDB) – Não
Lucas Redecker (PSDB) – Não
Fernanda Melchionna (Psol) – Não
Alexandre Lindenmeyer (PT) – Não
Denise Pessôa (PT) – Não
Marcon (PT) – Sim
Reginete Bispo (PT) – Não
Tenente Coronel Zucco (Republicanos) – Não
Luiz Carlos Busato (União) – Sim
Com informações da Agência Câmara de Notícias e do Congresso em Foco.
Toque novamente para sair.