?>

Especial

Marina: tragédia Yanomami é ponto mais agudo da política de terra arrasada da era Bolsonaro

Marina: tragédia Yanomami é ponto mais agudo da política de terra arrasada da era Bolsonaro

Geral por RED
06/02/2023 11:06 • Atualizado em 08/02/2023 09:52
Marina: tragédia Yanomami é ponto mais agudo da política de terra arrasada da era Bolsonaro

Entrevista em vídeo para o Congresso em Foco.

“Terra arrasada”. Essa foi a situação encontrada pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ao chegar para lidar com os problemas ambientais do país neste início de governo após os quatro anos da era Jair Bolsonaro. Marina tomou posse na última quarta-feira (1) como deputada federal eleita pela Rede no estado de São Paulo. E, durante a cerimônia, falou com exclusividade ao Congresso em Foco. Na avaliação da ministra, a trágica situação encontrada na terra Yanomami, completamente invadida por garimpeiros gerando toda sorte de problemas para os povos originários que ali habitam, desamparados, desnutridos e doentes, é o ponto mais agudo dessa política de “terra arrasada”, conduzida de forma deliberada pelo governo anterior.

“Era uma política de terra arrasada”, classifica Marina. Segundo ela, os órgãos públicos ligados à área ambiental estão completamente desestruturados. Enfraquecidos pela falta de previsão orçamentária para várias de suas ações. Desguarnecidos de pessoal técnico em muitos casos, substituídos por policiais e militares. “Uma falta de respeito aos profissionais do meio ambiente, um processo constante de ameaças”, diz ela.

“Estamos recompondo as equipes, refazendo as estruturas, recompondo os orçamentos, inclusive buscando apoio e doações para o Fundo Amazônia”. No caso, segundo Marina, as prioridades serão as ações de combate ao desmatamento, de combate às queimadas, de fiscalização e de proteção às populações locais.

E, nesse sentido, a tarefa de salvamento do povo yanomami torna-se a prioridade. Foi criada uma força-tarefa, que abarca diversas áreas do governo além do Meio Ambiente. Uma frente emergencial ataca os problemas mais urgentes, como a desnutrição. Há ainda uma frente de saúde, tanto emergencial como mais permanente. E a frente de desinclusão, cuja tarefa é retirar o mais rapidamente possível os cerca de 40 mil garimpeiros que invadiram a região Yanomami e que são o fator de destruição da área e dos seus povos.

As ações de desinclusão envolvem a Polícia Federal, o Ministério da Defesa, a Força Nacional e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), no Ministério do Meio Ambiente. “Será um trabalho integrado com ações emergenciais, planejadas e estruturadas, de desinclusão, de permanência da presença do Estado para a proteção das comunidades e a integridade dos seus territórios”, descreve Marina.

Veja abaixo a entrevista:

Toque novamente para sair.