Os ativistas fizeram protesto na rua com faixas e bandeiras, enquanto o caminhão circulava pelas ruas de Orlando e estacionou na porta da Igreja.

por DDB-Flórida, DDB-NY e Comitê Popular de Luta da Flórida Central.

Na manhã de domingo, 22 de janeiro de 2023, um caminhão com painéis de LED circulou pelas ruas de Orlando criticando a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro na Flórida e denunciando crimes cometidos em seu governo contra o povo brasileiro.

Com textos e imagens de denúncia, o veículo transitou nas proximidades da mansão do ex-lutador José Aldo, em Kissimmee, onde Bolsonaro está hospedado, e em outras áreas da cidade frequentadas pela comunidade.

Frases como “Sem anistia”, “Deport Bolsonaro”, “Genocida” e “Nossa bandeira jamais será terrorista” circularam com o caminhão na porta do Encore resort, local onde Bolsonaro está hospedado, na ponte em cima da Interstate 4, ponto de interesse da cidade pela international drive na região que concentra comércio e restaurantes brasileiros, e na porta da Igreja Batista da Lagoinha, organização que concentra grupos de extrema direita na Flórida e dá suporte a família Bolsonaro nos EUA.

Os ativistas fizeram protesto na rua com faixas e bandeiras, enquanto o caminhão circulava pelas ruas de Orlando e estacionou na porta da Igreja, em horário de saída dos fiéis, muitos que apoiam o ex-presidente. Os opositores do ex-presidente também se posicionaram em locais-chave da cidade para sinalizar aos moradores que Bolsonaro não tem apenas apoiadores que circulam por ali.

As mensagens criticaram também os gastos milionários com cartão corporativo, que foram usados para pagar entre tantas despesas superfaturadas, gastos com campanhas eleitorais, motociatas, contas de laranjas, festa de casamento, lanchonetes e gasolina para apoiadores. Também foram abordadas as mortes por má gestão da pandemia da COVID-19 e, mais recentemente, o genocidio do povo Yanomami, além, claro, da incitação aos atos terroristas de 8 de janeiro.

Bolsonaro está na Flórida desde 30 de dezembro. Ele desembarcou no estado americanos de avião oficial, e visto diplomático que já está expirado. O líder da extrema-direita possui à sua disposição funcionários pagos pelos contribuintes brasileiros, mesmo vivendo fora do território nacional, situação não prevista nas leis.

A ação de oposição à presença de Bolsonaro nos Estados Unidos foi apoiada por membros da comunidade brasileira na Flórida, e de outras regiões como Nova York, Boston e Washington DC. Nos EUA, existem várias organizações de brasileiros, americanos , além de congressistas que rejeitam a presença do ex- mandatário que causou inumeráveis danos à democracia e ao povo brasileiro nos 4 anos que exerceu um governo marcado pela corrupção, violência e má gestão.

Notícia publicada originalmente em GGN.

Foto: João Celles/ Defend Democracy in Brazil- Florida.