A operação foi autorizada pelo STF e teve como alvo líderes, patrocinadores e organizadores 

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira, 15, uma operação contra os organizadores dos atos democráticos. A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e cumpriu 103 mandados de prisão e de busca e apreensão em oito estados (AC, AM, ES, MT, MS, PR, RO e SC) e no Distrito Federal.

A operação dividiu os alvos entre:

• líderes, organizadores, financiadores e fornecedores envolvidos no apoio logístico e estrutural dos atos;
• proprietários e condutores de caminhões que participaram dos atos e que foram autuados (infrações de trânsito grave ou gravíssima);
• proprietários e condutores de veículos usados para prestar apoio logísticos como, transporte de pneus que foram queimados, estrutura para barracas, transporte de banheiros químicos etc.

Alvos da operação

No Espírito Santo, dois deputados estaduais foram alvo das operações. Carlos Von (DC-ES) e Capitão Assunção (PL-ES) deverão usar tornozeleira eletrônica e estão proibidos de usar redes sociais, de participar de eventos sociais e de conceder entrevistas. A decisão é do ministro Alexandre de Moraes.

No estado também foram efetuadas quatro prisões: o jornalista Jackson Rangel, o vereador de Vitória Armandinho Fontoura (Podemos-ES), o pastor Fabiano Vieira e o radialista Marx Pitangui.

No estado do Mato Grosso, mandados de busca e apreensão foram executados contra a influenciadora Juliana Gaioso Pontes, a médica Sirlei Faustino Ratier e o ex-prefeito de Costa Rica Waldeli dos Santos. Além disso, Rafael Yonekubo, Analady Carceiro e Adaviso Azevedo da Silva prestaram depoimento na delegacia.

Outras investigações adicionais sobre os bloqueios de rodovias e o abuso reiterado do direito de reunião após proibição do Supremo foram feitas nos estados do Acre, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina.

O STF também autorizou o bloqueio de 168 perfis em redes sociais, a apreensão de passaportes e a suspensão de registros de Colecionadores, Atiradores desportivos e Caçadores (CACs).

A operação do PF usou informações obtidas pela rede de inteligência formada pelo Ministério Público, Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

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