🪐 JORNAL DO MUNDO SURREAL Nº 11

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Jornal do Mundo Surreal nº 11 - Imagem gerada por IA ChatGPT

“Onde o absurdo faz sentido — e o sentido é perder o juízo.”

💀 A “Operação Sucesso” no Morro do Alemão: mataram tanto que esqueceram pra quê

O governo do Rio acaba de inaugurar uma nova modalidade de política pública: o “sucesso fúnebre”. Foram mais de 120 mortos, quatro policiais entre eles e dezenas de feridos. A chacina foi classificada como “exemplar”: só faltou distribuir certificado de participação.

O governador, emocionado com o banho de sangue, garantiu que a operação foi “cirúrgica”. É verdade — se o cirurgião for o Jack, o Estripador.

Mas o melhor vem agora: o Estado entrou, matou, saiu… e deixou o controle da área de brinde. É como fazer faxina e deixar o lixo morando na sala. Tem gente dizendo que o objetivo era justamente esse: abrir espaço para as milícias, porque o Comando Vermelho, coitado, já estava virando concorrência desleal.


📬 Carta aos EUA: o Rio pede “ajuda” contra o narcoterrorismo

Como o Rio de Janeiro é, de fato, um estado internacional — a ONU que se cuide — o governador mandou cartinha ao presidente dos EUA pedindo ajuda para combater o “narcoterrorismo”.

Alguém precisa avisar ao moço que terrorismo não é quando o tráfico domina o morro; é quando o Estado invade e mata 120 pessoas e chama de “missão cumprida”.

Mas o governador ainda está magoado: disse que Lula não ligou pra ele depois da chacina. Que falta de consideração! Depois de um massacre desses, no mínimo merecia flores e uma faixa de “Parabéns, campeão do BOPE do Ano”.


🥋 Comandante Nádia, a heroína que apimenta a democracia

Em Porto Alegre, a vereadora “Comandante Nádia” — esse é o nome artístico da vereadora que faz uso indevido da patente militar (o Estatuto dos Militares proíbe o uso) e que é do Progressistas (PP), partido que de progressista tem só o prefixo — resolveu colocar a “ordem” antes do “progresso”.

Mandou a tropa de choque da Guarda Municipal jogar spray de pimenta e dar cacetadas em sindicalistas e populares que tentavam apenas acompanhar a votação da privatização do DMAE (Departamento Municipal de Água e Esgoto). Aparentemente, na Câmara, o ingresso é garantido só pra quem entra ajoelhado.

E, para completar o combo da truculência gourmet, a mesma vereadora apresentou projeto de lei que multa quem doa comida a moradores de rua. É o socialismo reverso: punir quem tem empatia.


🛒 Prefeito Melo lança o “multômetro da miséria”

Ainda em Porto Alegre, o prefeito Sebastião Melo apresentou projeto de lei que multa catadores que usam carrinhos para recolher material reciclável.

É a nova política de “limpeza urbana”: eliminar o problema eliminando quem o enfrenta. Chama-se eugenia social, mas pode chamar também de desumanidade premium. No próximo passo, talvez criem o “vale-fome com cashback”.


🇺🇸 Trump tropeça, democratas avançam e Bannon liga o radar da paranóia patriótica

Do outro lado do hemisfério, Donald Trump anda tão mal nas pesquisas que até o Bolsonaro pensou em mandar mensagem de apoio — e depois desistiu, com medo de pegar azar.

Os democratas venceram eleições importantes: em Nova York, elegeram um prefeito muçulmano, africano, descendente de indianos e socialista. Uma combinação tão exótica para a direita americana que Steve Bannon já pediu investigação sobre se ele é “americano de verdade”.

É, Bannon — americano mesmo é quem invade Capitólio, né?


💸 Copom: o clube do sadismo monetário

Enquanto o mundo inteiro tenta crescer, o Copom vive no universo paralelo da inflação imaginária.
Mesmo com a economia estável, mantém os juros em 15%, a segunda taxa mais alta do planeta. A justificativa? “Economia muito aquecida e desemprego muito baixo.”

Ou seja, o problema do Brasil é estar funcionando. O sonho do Copom é um país frio, triste e sem renda — tipo uma Noruega sem noruegueses e sem dinheiro.


🌪️ PLANETA SURREAL DE HOJE

No Rio, o sucesso é medido em cadáveres.
Em Porto Alegre, a solidariedade é crime.
Nos EUA, ser muçulmano é ameaça nacional.
E no Brasil, a economia sofre porque o povo come.


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