🪐 Jornal do Mundo Surreal nº 8

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Jornal Surreal 8 - Imagem gerada por IA ChatGPT

Edição: “Entre o discurso e o deboche, o Brasil respira ironia”

1. Barroso pendura a toga e o Brasil abre a rinha dos ministros

Com a aposentadoria de Luís Roberto Barroso, o STF virou arena: quem sentará na nova cadeira?
Ativistas defendem uma mulher negra, enquanto Lula ensaia um plot twist teológico — para quem não é fluente em Netflix, é aquela virada de roteiro que muda tudo, tipo o vilão virando mocinho ou o presidente virando pastor.
Entre os cotados, aparecem Rodrigo Pacheco, Jorge Messias, Bruno Dantas e Vinícius Carvalho. A toga mal esfriou e já virou troféu.
Nos bastidores, cada corrente religiosa já escolheu seu santo intercessor: as feministas invocam Rosa Parks; os evangélicos, Salomão; e o centrão, São Pix.
A toga ainda está no cabide, mas a disputa já parece um culto com quórum para CPI.


2. América Latina: união, soberania e saudade dos tempos em que o grupo de WhatsApp chamava Unasul

Em discurso no Congresso do PCdoB, Lula lembrou que já existiu um tempo em que os presidentes da América do Sul se reuniam sem precisar pedir visto nem tradutor do FMI. Agora, cada país fala uma língua: a do lobby. Pediu “união regional”, mas o continente anda mais desunido que grupo de família em época de eleição.


3. A rede social não é social — é o novo manicômio sem enfermeiros

Lula reclamou que as redes sociais foram tomadas pela extrema-direita. A esquerda, segundo ele, demorou a perceber que o Instagram não é só pra foto de café, é campo de batalha. Enquanto uns faziam textão sobre Gramsci, outros estavam montando exército de memes com filtro patriótico.


4. Juventude: “se vocês não entrarem na política, a política entra em vocês — e sem pedir licença”

Em São Bernardo, Lula convocou os jovens a participar da política. Pediu menos dancinha e mais consciência. A plateia riu, mas ele estava falando sério — ou quase. Disse que sem os jovens, a esquerda envelhece; e sem política, o jovem vira influenciador motivacional.


5. Congresso Nacional: o espelho da democracia quebrado em 513 pedaços

Lula mirou no Congresso e acertou em cheio. Disse que o Legislativo anda votando leis “que protegem quadrilhas, não o povo”. A cada palavra, o plenário ecoava o som de mil assessores consultando advogados. O presidente pediu “reforma”, mas o Congresso já entendeu como “reforma da aposentadoria do senso de vergonha”.


6. Inflação sonhadora e juros de terror: o país do realismo mágico econômico

A meta de inflação é 3%, o juro é 15%, e o brasileiro está no meio — parcelando até o otimismo. O Banco Central finge que controla a economia; o povo finge que acredita. Haddad diz que é preciso paciência, mas o boleto vence antes da paciência.


7. CPI do INSS: bolsonarismo em modo “stand up sem graça”

A oposição jurou que ia “emparedar o governo” na CPI do INSS, mas terminou pedindo “Parabéns a você” para Magno Malta. Faltou só o bolo e o nariz de palhaço — embora alguns já tivessem. Resultado: o governo saiu ileso, e a CPI virou festa infantil com buffet de constrangimento.


8. A extrema-direita cresce e a esquerda debate o pronome neutro

Lula alertou que a extrema-direita está crescendo no mundo — e que a esquerda precisa “falar com o povo”. O problema é que parte da esquerda fala com o povo, mas o povo não entende; a outra parte entende o povo, mas prefere falar em inglês acadêmico. Enquanto isso, o TikTok elege meio Congresso.


9. Lula e a figura grotesca: o espelho que gritou “mito!” e quebrou sozinho

No Congresso do PCdoB, Lula resolveu abrir a caixa de Pandora e achou lá dentro… Jair Bolsonaro, ainda tentando entender como se perdeu da urna eletrônica. Chamou o ex-presidente de “figura grotesca” — e ninguém discordou, nem o tradutor de Libras.
O presidente disse que o avanço da extrema-direita não caiu do céu: é também culpa da esquerda, que trocou a conversa de rua pelo seminário com coffee break. Enquanto uns rezavam pra Marx, outros esqueciam de conversar com a manicure e o motoboy. Bolsonaro, claro, segue tentando transformar cadeia em capital político.


10. Diplomacia com estilingue: Brasil negocia com EUA sem perder a piada

Lula entrou em reunião com o governo norte-americano sobre tarifas e saiu dizendo que o Brasil “não será tutelado”. Traduzindo: não vamos aceitar pressão, mas também não vamos brigar — tipo casal que dorme de costas, mas ainda divide o edredom.


11. EUA em transe: milhões nas ruas gritando “No Kings”, e Trump achando que é homenagem

Nos Estados Unidos, multidões foram às ruas em protesto contra Trump. O nome do movimento é “No Kings”, mas o presidente achou que era homenagem para ele. Enquanto os cartazes pediam democracia, ele ensaiava a coreografia de “Make America Great Again – Reloaded”.


12. China responde aos EUA: “não queremos brigar, mas estamos alongando o pescoço”

Em Pequim, o governo chinês respondeu a Trump: “não queremos guerra comercial, mas não temos medo”. Traduzindo do mandarim diplomático: “manda vir que o bambu é flexível, mas não quebra”. O Ocidente tremeu — e o yuan piscou.


13. Lula, redes e celular: a esquerda entre o textão e o TikTok

Lula voltou a dizer que “a esquerda fala difícil demais”. Pediu menos Faria Lima e mais feira livre, menos tese e mais tererê. Disse que o povo não quer PDF de 80 páginas, quer saber por que o arroz custa o olho da cara. A esquerda ouviu, anotou — e abriu um grupo no Telegram pra discutir o conceito de “falar simples”.


🧠 Conclusão

Entre um discurso e outro, Lula tenta salvar a democracia, a retórica e o algoritmo — nessa ordem.
O país continua com juros de fazer monge perder a paciência, bolsonaristas em surto parlamentar e uma esquerda que ainda acredita que o povo lê thread no X — ou seja, aquele textão picotado em 27 posts, lido só por quem já concordava antes do primeiro tweet.
Enquanto o povo desliza o dedo no TikTok e paga o boleto atrasado, tem militante achando que o Brasil vai mudar com um fio de 280 caracteres.
Mas sejamos otimistas: se o Brasil é um circo, pelo menos agora o palhaço voltou a contar piada inteligente.


Tags:
Lula, STF, Barroso, Bolsonaro, CPI do INSS, extrema-direita, redes sociais, política brasileira, humor político, Planeta Surreal

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