Redação RED – com dados do IBGE
O Brasil alcançou em agosto de 2025 a menor taxa de desocupação desde o início da série histórica da PNAD Contínua. Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego ficou em 5,6% no trimestre encerrado em agosto, consolidando uma tendência de queda observada desde o início de 2024.
Fonte: IBGE – PNAD Contínua (trimestre encerrado em agosto/2025). Elaboração: RED.
Essa taxa corresponde a 6,1 milhões de pessoas desocupadas, número significativamente menor do que os 8,3 milhões registrados no mesmo período de 2023. Na comparação com o trimestre anterior (maio a julho), houve redução de 0,3 ponto percentual.
“A queda no desemprego reflete a expansão do mercado formal e o crescimento contínuo dos serviços, construção e agropecuária”, avaliou Adriana Beringuy, coordenadora da pesquisa do IBGE.
Subutilização da força de trabalho
Outro indicador positivo foi a taxa de subutilização, que mede o conjunto de desocupados, subocupados por insuficiência de horas e força de trabalho potencial. O índice caiu para 14,1%, o menor nível desde 2015.
Isso equivale a 16,1 milhões de pessoas em situação de subutilização, contra mais de 18,4 milhões há um ano.
Rendimento médio e massa salarial
A pesquisa também apontou aumento no rendimento médio real habitual, que chegou a R$ 3.037 em agosto de 2025, alta de 2,5% em relação ao trimestre anterior.
Já a massa de rendimentos atingiu R$ 301 bilhões, recorde histórico, impulsionada pelo crescimento do emprego formal e pelo reajuste do salário mínimo.
Comparação anual
- Desemprego: caiu de 7,8% (ago/2024) para 5,6% (ago/2025).
- Subutilização: caiu de 17,5% (ago/2024) para 14,1% (ago/2025).
- Rendimento médio: subiu de R$ 2.920 para R$ 3.037.
- Massa salarial: passou de R$ 283,4 bilhões para R$ 301 bilhões.
Contexto histórico
A taxa de 5,6% registrada em agosto é a menor desde o início da série da PNAD Contínua, em 2012. O resultado reforça a percepção de recuperação sólida da economia brasileira, mesmo diante de desafios externos como o aumento das tarifas americanas e a desaceleração da economia global.
Segundo o IBGE, a melhora tem relação com políticas de estímulo ao emprego formal, o fortalecimento do consumo interno e os investimentos públicos em infraestrutura.
Ilustração da capa: Trabalhadores e o menor desemprego da história – Imagem gerada por IA ChatGPT
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