É a história, cretino!

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Por ANGELO CAVALCANTE*

Iona Nikitchenko é pouco conhecido!

Nikitchenko nasceu na Região do Don, essa é a parte mais para o oeste da Rússia, é das regiões, digamos assim, mais próximas da Europa.

Veio ao mundo em 28 de junho de 1895; estudou na Universidade de Moscou onde se formou em Direito; tornou-se militar graduado, chegando ao posto de Major-General nas Forças da União Soviética.

Inteligente, astuto, criativo e militar irrepreensível dada a sua dedicação e disciplina fora, em seguida, eleito para a Suprema Corte da União Soviética.

Iona Nikitchenko assistiu de perto e em pública e assumida revolta, aos horrores e massacres que as hordas nazistas, com ódio único e inimaginável, perpetraram contra seu povo.

Ao fim da II Guerra Mundial fora indicado pelo Governo da União Soviética para compor a banca de juízes e que, em seguida, iria julgar os carrascos nazistas.

Aqui se está fazendo referência ao muito conhecido Tribunal de Nuremberg; iniciado em 20 de novembro de 1945 e encerrado em 1o. de outubro de 1946.

Além de Nikitchenko, o tribunal será conduzido também, pelos juízes Francis Bidlle (EUA), Geofrey Lawrence (Inglaterra) e Donnedieu de Vabres (França).

Nos debates e embates do Tribunal, duas coisas chocavam sobremaneira, o juiz Nikitchenko; a primeira era a desfaçatez dos carrascos em repetir, “ladainhar” clichês burocráticos ao estilo “eu cumpria ordens!” ou “eu seguia o que Hitler determinava!” e falas prontas desse tipo.

A segunda surpresa de Iona Nikitchenko fora a percepção que adquiriu ao identificar a clara tendência dos juízes ocidentais para, digamos assim, amenizar, abrandar as penas dos assassinos.

Em certa altura, o juiz soviético se voltou enérgico e incisivo aos seus pares, onde bradou: “O que os senhores ainda não perceberam? Aqui, estamos lidando com os principais criminosos de guerra da história! Por sinal, esses assassinos já foram condenados pelos encontros de Moscou e de Yalta!”.

O cinismo chocava Nikitchenko e que atestava nas falas dos acusados jargões, falas prontas e batidas a envolver (se espantem!) a família, Deus e, óbvio, a pátria alemã.

Finalmente, o juiz Nikitchenko julgou que tal Tribunal errou muito e bastante, sobretudo, considerando o pérfido Gabinete de Hitler, o corpo de oficiais que compunha o Estado-Maior General da Alemanha e o Alto Comando da Wehrmacht.

A maioria, de fato, fugiu; fora liberada ou pior; condenada para penas, digamos assim, “soft” de cinco a dez anos de cadeia.

Com olhar fulminante para os demais magistrados, o juiz Nikitchenko emendou: “É lamentável!”.

Bom…


*Angelo Cavalcante é economista, professor da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Itumbiara.

E-mail : angelo.cavalcante@ueg.br

Foto de capa:  Wilton Junior/Estadão

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Uma resposta

  1. A verdade é nua e crua:
    Este senhor que se fantasiou de Presidente da República, todos sabiam pelo o histórico dele, que foi e sempre será uma vergonha nacional para o nosso PAIS, e afirmo que os filhos ajudaram a ele ser pior do que já era.
    Quase venderam a dignidade de todos Brasileiros, prova disto, foi a última manifestação em uma data especial para nois verdadeiros Patriotas / Brasileiros, expondo em uma avenida central de São Paulo a bandeira dos Estados Unidos e com falas medíocres em cima de um trio elétrico com pessoas de mal caráter.

    Viva a Democracia, viva a soberania, conseguimos sobreviver, vamos dar as mãos e nos UNIRMOS e gritar NÃO A DITADURA.

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