O ministro Alexandre de Moraes solicitou nesta sexta-feira, 5, ao presidente da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cristiano Zanin, a inclusão de uma sessão extraordinária no dia 11 de setembro, próxima quinta-feira, para prosseguir com o julgamento do chamado “núcleo 1” da trama golpista. Até então, estavam agendadas apenas as sessões dos dias 9, 10 e 12 de setembro.
Esse adendo formaliza a previsão de um calendário ampliado, com quatro dias consecutivos de julgamento (9, 10, 11 e 12), o que reforça a urgência com que a Corte pretende concluir esse processo — que pode resultar em penas acima de 30 anos de prisão para os acusados, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus. Os acusados respondem pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.
Até agora, o julgamento já incluiu as sustentações da Procuradoria-Geral da República (PGR) — favorável à condenação — e das defesas dos acusados. Agora, a expectativa é de que, a partir de terça-feira (9), tenham início os votos dos ministros da Turma.
Ao propor uma sessão extra, Moraes busca garantir fluidez ao julgamento e evitar interrupções no processo decisivo. Esse movimento sugere a compreensão de que o caso não é apenas emblemático, mas também sensível — e exige celeridade institucional para evitar manobras protelatórias.
Foto destacada de Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil




