Energia e alimentos derrubam inflação: IPCA-15 tem queda de 0,14%

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Lula - Alimentos em queda - Foto: Divulgação

Da REDAÇÃO

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial, registrou deflação de 0,14% em agosto. A queda surpreende ao vir após uma alta de 0,33% em julho, segundo dados divulgados nesta terça-feira (26) pelo IBGE.

Energia elétrica tem maior impacto negativo

O grupo Habitação foi o principal responsável pela retração, com queda de 1,13% nos preços. A energia elétrica residencial recuou 4,93% e sozinha tirou 0,20 ponto percentual do índice. A redução foi influenciada pela aplicação do Bônus de Itaipu nas contas de luz de agosto, ainda que a bandeira tarifária vigente seja a vermelha patamar 2 — que adiciona R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos.

O recuo no valor da energia também reflete reajustes tarifários em várias capitais, como Porto Alegre (-8,38%), Curitiba (-6,19%), Belém (-6,47%) e São Paulo (-0,88%).

Alimentos em queda pelo terceiro mês seguido

O grupo Alimentação e bebidas caiu 0,53% em agosto, marcando o terceiro mês consecutivo de retração. No domicílio, a queda foi de 1,02%, com destaque para produtos como manga (-20,99%), batata-inglesa (-18,77%), cebola (-13,83%), tomate (-7,71%) e arroz (-3,12%).

Por outro lado, a alimentação fora de casa subiu 0,71%, impulsionada por aumentos no preço do lanche (1,44%) e da refeição (0,40%).

Transportes e combustíveis também recuam

O grupo Transportes teve queda de 0,47%, influenciado pelas passagens aéreas (-2,59%), automóveis novos (-1,32%) e gasolina (-1,14%). Também caíram os preços do diesel (-0,20%), gás veicular (-0,25%) e etanol (-1,98%).

Em algumas capitais, houve impacto positivo da gratuidade ou redução de tarifas no transporte público aos domingos e feriados, como em Brasília, Belém e Curitiba.

Outros destaques: jogos de azar, educação e planos de saúde

Apesar da deflação geral, alguns grupos apresentaram alta. Despesas pessoais subiram 1,09%, com destaque para o aumento de 11,45% nos jogos de azar. Educação teve alta de 0,78%, puxada por reajustes no ensino superior (1,24%) e cursos de idiomas (1,85%).

Em Saúde e cuidados pessoais (0,64%), pesaram os aumentos nos itens de higiene pessoal (1,07%) e nos planos de saúde (0,51%), com reflexo dos reajustes autorizados pela ANS.

São Paulo foi única capital com alta no mês

Entre as regiões pesquisadas, São Paulo foi a única a registrar inflação positiva em agosto (0,13%), devido aos aumentos em educação (1,14%) e higiene pessoal (1,33%).

Já a maior queda ocorreu em Belém (-0,61%), puxada por reduções na energia elétrica e na gasolina.

Acumulado do ano e dos últimos 12 meses

Com o resultado de agosto, o IPCA-15 acumula alta de 3,26% em 2025. Nos últimos 12 meses, o índice está em 4,95%, abaixo dos 5,30% registrados no período imediatamente anterior.

Foto da capa: Lula – Alimentos em queda – Foto: Divulgação

Tags:
IPCA-15, inflação, deflação, energia elétrica, alimentos, transporte público, IBGE, economia brasileira, preços, custo de vida, agosto 2025


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