* As manifestações das multidões que denunciam o massacre da população da Palestina por parte do estado de Israel prosseguem, dando a volta ao mundo. Nova Iorque, Houston, Dublin, Copenhague, Londres, Amsterdã, Tanger, Sidney, Seul, Paris e as grandes cidades francesas … E aqui?
* Verão em Gaza. As temperaturas ultrapassam os 40°C e agravam a situação desesperadora. Com água muito limitada, a desidratação de crianças, adultos e idosos se torna mais aguda com os bombardeios e os deslocamentos forçados que continuam. Quatro pessoas morrem diariamente, desde julho, desnutridas, com sede e com fome, é o que informa o Escritório de Coordenação Humanitária da ONU. (EuroPalestine).
* O grupo francês CAPJPO-EuroPalestine, 16 bis rue d’Odessa, Caixa Postal 37 – 75014 Paris iniciou uma campanha internacional para arrecadar doações que salvem essas populações da morte não apenas pela fome, mas também pela sede, mais uma arma da guerra de crueldade programada para esse mês. Doação on line em https://www.onparticipe.fr/c/vJk9ajz5 ou cheque enviado para o endereço acima, com o registro, no seu verso, ‘’doação para Gaza’’. O remetente recebe recibo como comprovante.
* Esta semana, o prisioneiro palestino Marwan Barghouti, 64 anos, um dos líderes mais respeitados do partido político Fatah e reconhecido como herói dentro e fora do seu país, recebeu na cela onde cumpre pena de prisão perpétua de Ganot, em Israel, a visita do ministro fascista Ben Gvir para ameaçá-lo. Barghouti cumpre pena desde 2002 e sua família teme que ele seja executado na cadeia. Há o vídeo do lastimável estado físico de Barghouti, extenuado e com sinais de tortura durante a invasão da sua cela. (CAPJPO https://europalestine.com/ Instagram)
* O estado de Israel intensifica seus ataques contra a agricultura praticada na Cisjordânia ocupada, confisca terrenos para implantar novas colônias ilegais, destrói lavouras e um grande banco central de sementes criado pelos agricultores palestinos, essenciais à agricultura e resistentes às mudanças climáticas.
* O professor João Cezar de Castro Rocha em entrevista ao jornalista Luís Nassif defendendo que não há espaço para diplomacia excessiva diante do caótico quadro geopolítico atual. Ele propõe uma nova forma de classificação política para caracterizar a atuação da bancada bolsonarista: “ Hoje, a bancada bolsonarista não é mais composta de políticos, mas de terroristas legislativos”.
* Atenção, estreia importante. O festejado O Último Azul, de Gabriel Mascaro, Urso de Prata no Festival de Berlim, premio conhecido como Grande Premio do Júri, estreia dia 28 nas nossas telonas. O filme também recebeu o premio do Júri Ecumênico do festival. Seu argumento: Tereza tem 77 anos, mora numa cidade industrializada na Amazônia e é convocada oficialmente pelo governo para mudar para uma colônia habitacional compulsória. Lá, os idosos ‘desfrutam’ de seus últimos anos de vida, enquanto a juventude produtiva do país trabalha sem se preocupar com os mais velhos. Mas antes …
* Encerrado semana passada, o curso Desenhando o Rio, de 28 de julho a 15 de agosto na Biblioteca Parque de Manguinhos, RJ. Durante esse período, os participantes produziram quatro curtas-metragens de animação exibidos em uma sessão aberta ao público, dia 22/08, às 15 horas, no Cineteatro Eduardo Coutinho/Biblioteca Parque de Manguinhos.
Klovis, um deles. Argumento: atrasado para o bloco no centro do Rio, Klovis, um jovem bate-bola, corre pelos trilhos da estação de Manguinhos e se desespera ao ver as portas do trem em direção à Central se fechando.
* Outro curta produzido pelos alunos do Desenhando o Rio: A Casa do Seu Zé, na Lapa, onde a boêmia encontra o mistério.
Outro: Malandro ou Mané? Em um bar do Rio, três amigos são importunados com um novo tipo de jogo de apostas enquanto esperam o resultado do jogo do bicho.
E Salve: no subúrbio carioca, Naná, a dona da rua, embarca em uma corrida contra Kadu, o mestre da rataria, em busca do último saquinho da festa de Cosme e Damião.
* Estreando esta semana nos cinemas, Moacyr Luz, O Embaixador Dessa Cidade, de Tarsilla Alves, documentário biográfico do compositor que é um forte símbolo da alma sambista carioca. Participam dele, Zeca Pagodinho, Maria Bethânia, Fafá de Belém, Teresa Cristina e Jards Macalé. Imperdível.
* Em São Paulo e em Campinas, até o próximo dia 31, a 5ª. edição do Festival Cine Inclusão 60+, com filmes brasileiros e latino- americanos realizados pelo pessoal com mais de 60 anos de idade. O tema geral é buscar novas perspectivas sobre o envelhecimento. A proposta do festival, desde a sua criação, é valorizar trabalhos com pessoas idosas como protagonistas ou criadores, e que dificilmente encontram espaço em mostras e festivais tradicionais. Conferir a programação completa em
www.cineinclusao.com.br
* Obra coletiva organizada por João Roberto Martins Filho, professor da Universidade Federal de São Carlos, Os Militares e a Crise Brasileira, primeira edição de 2021, volta a ser procurado. Não é livro de ocasião; é referência permanente. Os autores dos textos são cientistas políticos, historiadores, antropólogos, filósofos e sociólogos. Entre eles, Manuel Domingos, Neto, Maud Chirio, Francisco Carlos Teixeira da Silva, Villas Boas, Marcelo Godoy, que ‘’traçam um quadro de ajuda para entender o papel dos fardados no governo de Jair Bolsonaro, ele mesmo um capitão, dono de uma fé de ofício pobre, reprovável, brutal e curta’’, diz a Alameda Editorial.
* No próximo dia 24/08, registrado os 71 anos da morte de Getúlio Vargas. Será exibido o documentário Vargas, a Transformação do Brasil, direção de Beto de Almeida, baseado no livro A Era Vargas, de José Augusto Ribeiro. No canal 6, TVcrio – Claro/Net, às 7, 14 e 22 hs.
* Do ex-governador e ministro Tarso Genro no site A Terra é Redonda, artigo Donald Trump e as revoluções paralelas: ‘’A grandeza de Lula e a pequenez surda de Donald Trump se digladiam, hoje, no cenário global, com uma Europa acovardada e submissa, uma América Latina com elites sempre vacilantes nas suas convicções democráticas, e sob o olhar do gigante chinês que é enigma e possibilidades de equilíbrio’’.
* Atenção ao programa de encerramento do respeitado Festival de Fotografia Documental promovido pela Panamericana Escola de Arte e Design de São Paulo com uma vasta exposição que vai incluir trabalhos dos nove finalistas do Premio Portofolio FotoDoc 2025. O concurso recebeu 3 597 inscrições de vários estados do país e de 31 países de todos os continentes.
A mostra será de 4 a 8 de novembro e os trabalhos finalistas serão publicados no catálogo do Festival. Na ilustração acima, a foto de Retinto Fercar, multiartista da comunidade da Maré, intitulada Licença para Matar, de autoria da finalista Maria Eugenia Nabuco.
O preço da subserviência ideológica: artigo de Roberto Amaral, com a colaboração de Pedro Amaral, no qual ele relembra Scott Bessent, secretário do Tesouro dos Estados Unidos, aquele que cancelou, na última hora, uma reunião virtual agendada com o ministro Haddad, ‘’após a interferência espúria de um golpista foragido’’. Escreve Roberto Amaral: ‘’Segundo Bessent, a China é a economia mais desequilibrada da história moderna por estar voltada para a busca do emprego e não da lucratividade. É certo, melhor modelo é o dos EUA, onde cerca de 42 milhões de pessoas, 12% da população sobrevivem à base de food stamps e 46 milhões não conseguem sequer acessar serviços de saúde’’.
* Novidade: o grupo Greenpeace Brasil acaba de lançar sua lojinha virtual oficial, em uma parceria com a marca criativa Uma Penca , premiada como Negócio Social pela iniciativa de doação de pelo menos um real a cada venda realizada na sua plataforma, canecas camisetas, imas, bottons.
* Minicurso da Editora Tabla no canal do youtube. O tema é Entre impérios e fronteiras: os armênios e sua diáspora. Ministrado pelo historiador Heitor Loureiro, explora também a chegada dos primeiros imigrantes armênios ao Brasil, suas formas de integração e suas contribuições culturais, sociais e políticas que marcaram a vida nacional. Dias 03, 10, 17 e 24 de setembro, às 19 hs.
* Programas para rememorar o Presidente Lula: ‘’ Esse país tem lei, tem regra e tem um dono chamado povo brasileiro’’. Relembrando também o seu conselho: ‘’Eu quero cuidar desse país; por isso o presidente americano não dê palpite aqui, porque, aqui, cuidamos nós”.
*Léa Maria Aarão Reis é jornalista.
lustração de capa: IA
