Da REDAÇÃO
O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para o dia 2 de setembro o início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete integrantes do chamado “núcleo duro” da tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. As sessões vão ocorrer em turnos duplos, com previsão de continuidade nos dias 3, 9, 10 e 12 do mesmo mês.
Acusações graves e penas severas
A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa Bolsonaro e os demais réus de tentar abolir, de forma violenta, o Estado Democrático de Direito. Os crimes atribuídos incluem tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado e depredação de patrimônio público tombado. A soma das penas pode chegar a 43 anos de prisão.
Quem são os réus do núcleo principal
Além de Bolsonaro, serão julgados: Walter Braga Netto, Augusto Heleno, Alexandre Ramagem, Anderson Torres, Almir Garnier, Paulo Sérgio Nogueira e Mauro Cid. Todos respondem por envolvimento direto na elaboração e execução de um plano para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, eleito em 2022.
Como será o julgamento
A sessão de abertura começa com a leitura do relatório pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. Em seguida, ocorre a sustentação oral da acusação e, depois, a apresentação das defesas, em ordem previamente definida. O julgamento deve se estender ao longo de cinco sessões, algumas em dois turnos.
Contexto e repercussão
O processo é resultado de um ano e meio de investigações que apontaram a existência de uma articulação golpista envolvendo militares, aliados políticos e assessores próximos ao então presidente. As provas incluem mensagens, depoimentos, gravações e documentos apreendidos em operações da Polícia Federal.
Defesa nega intenção golpista
Em declaração recente, Bolsonaro afirmou que não há “qualquer prova de que tenha havido plano de golpe” e se diz perseguido politicamente. As defesas dos demais réus também negam participação em qualquer trama para impedir a transição de governo.
Foto da capa: Bolsonaro será julgado em setembro – Montagem de fotos feitas por IA ChatGPT a partir de fotos de Lúcio Távora/Ag. Xinhua; Jorge Silva/Reuters; Adriano Machado/Reuters e Carlos Moura/Agência Senado.
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