Por ANGELO CAVALCANTE*
Trump é um pragmático; suas ações tem a exata e precisa medida do peso e da gravidade da influência dos Estados Unidos sobre essa ou aquela realidade econômica.
E não… Não é um inconsequente, um destemperado e, diferentemente do que muita gente possa achar, sabe exatamente o que está fazendo.
Todo seu esforço é por impedir a conformação de uma nova geopolítica assentada nisso que ficou conhecido como multipolaridade , afinal, ao fim de 1991, com o fim da União Soviética, os Estados Unidos se levantam, se erguem como única e efetiva potência hegemônica e global e não faria o menor sentido, entregar os rumos do planeta para um grupo de países com “estranhos” discursos a envolver, por exemplo, desenvolvimento científico, economia verde, erradicação da miséria e “exotismos” dessa ordem.
Vejam só…
É como se Trump instalasse ferrolhos nas portas da história para impedir que esse fluxo de acontecimentos e advindo disso e que ficou conhecido por “Sul Global” siga seu curso, aconteça.
Pois bem…
Há no debate econômico uma proverbial observação que diz que “você só planeja o que controla”; de outro modo, o que está fora do seu controle não pode entrar em seus planos e intenções de planejamento.
Nesse sentido e na larga hegemonia norte-americana, a Rússia e a China estão “fora da ordem”; fora das determinações dos Estados Unidos; em síntese, o binômio China/Rússia está completamente fora do Império.
Eis a grave questão que os Estados Unidos terão que encarar e, estamos vendo, estão encarando… A escalada contra o Brasil e que só começa, é parte importante e decisiva dessa estratégia.
Não foi casualidade que o presidente chinês Xi Jinping se adiantou e condenou abertamente a “tarifaria trumpeira” contra o Brasil.
O cenário para este trópico cabralino é de notório agravamento e a situação posta, em definitivo, não admite recuo!
Nesse paralelo e nos intestinos da política norteamericana as coisas, de outro modo, não estão nada boas para Trump, sobretudo, depois do escândalo a envolver o falecido Jeffrey Edward Epstein (1953-2019), um rufião, um bandido operador das maiores redes de prostituição infantil – INFANTIL – dos Estados Unidos.
Sim… As investigações se aprofundam e descobre, por sinal, uma rede intercontinental de prostituição de crianças onde a mais velha delas, se assustem, tinha a tenra idade de 14 anos.
O senhor Epstein fazia leilões dos corpos dessas crianças! Isso mesmo, barões, magnatas e ricaços de Wall Street e de outras ramificações empresariais, se ajuntavam em locais não anunciados ou divulgados e regados e servidos com os melhores scotchs e, claro, muita cocaína de insuperável pureza, arrematavam crianças como se estivessem leiloando frangos assados na quermesse da igreja do bairro.
Quem estava nessa lista? Adivinhem?
Sim… O mui “honrado e sincero” pai-de-familia: Donald Trump !
Por fim… A ver que articulações políticas serão feitas para que esse facínora não seja “impichado”!
E absolutamente indignado, me alembro que o refugo, a podridão de parlamentares brasileiros do PL recentemente abriram bandeiras e flâmulas em favor e homenagem, imaginem, de Trump!
Que tempo!
Ao fim, já estamos em guerra… Se alinhem junto ao Brasil e a seu povo!
*Angelo Cavalcante é economista, professor da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Itumbiara.
Foto de capa: IA




