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Tentativa de Auto Golpe na Coreia do Sul

Tentativa de Auto Golpe na Coreia do Sul

Internacional por RED
03/12/2024 14:51 • Atualizado em 03/12/2024 14:52
Tentativa de Auto Golpe na Coreia do Sul

Presidente da Coreia do Sul declara lei marcial, mobiliza exército e oposição vota para anular medida. Yoon Suk-yeol suspendeu liberdades civis

Segundo notícia publicada pela Folha de São Paulo, o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, decretou lei marcial nesta terça (3), pegando o país de surpresa em meio a uma grave disputa com a oposição, que denunciou a ação como uma tentativa de golpe de Estado e aprovou moção parlamentar para anular a medida.

Atividades políticas e liberdades civis foram banidas, militares tomaram as ruas de Seul e invadiram a Assembleia Nacional, começando a deixar o prédio após o voto contra a medida. Há milhares de pessoas na frente da sede do Legislativo protestando contra Yoon.

É a primeira vez que a lei marcial é imposta no país asiático desde 1979, em meio a um dos um dos vários golpes da história sul-coreana.

Até aliados de Yoon, como o líder de seu partido, Han Dong-hoon, criticaram a ação. Ele disse que a lei marcial não deve ser respeitada porque é uma decisão “errada”.

Houve confrontos na frente da Assembleia Nacional e dentro do prédio, onde assessores parlamentares da oposição receberam soldados com jatos de extintores de incêndio. Blindados e helicópteros foram empregados pelos militares.

Após muita confusão, mesmo com a presença militar, 190 dos 300 deputados do país conseguiram se reunir no prédio e aprovaram de forma unânime uma moção declarando a lei ilegal, já na madrugada de quarta (4, tarde de terça no Brasil).

Ainda não há uma manifestação do Judiciário sobre a crise, mas a Constituição prevê que o Executivo respeite a decisão do Legislativo. Às 2h (14h em Brasília), redes de TV relataram que os militares na Assembleia começaram a deixar o prédio.

Segundo o Comando de Lei Marcial, instituído por Yoon e com o chefe do Estado-Maior do Exército, general Park An-su, à frente, liberdades civis estão restritas. Todos que desrespeitaram regras poderão ser presos, segundo divulgou o Exército, e a as atividades políticas de partidos dentro e fora do Parlamento estão proibidas por ora.

O comitê diz ter colocado a usualmente vibrante imprensa do país sob seu controle, mas não está claro como isso será imposto até aqui.

Yoon, do conservador Partido do Poder do Povo, tem enfrentado resistência do Congresso, que é controlado desde abril deste ano pelos liberais do Partido Democrático —a agremiação oposicionista soma 170 dos 192 assentos contrários ao governo, que tem 108 deputados.

A mais recente querela é sobre o orçamento do ano que vem, que adversários dizem ser uma cortina de fumaça para tirar foco de escândalos envolvendo aliados e até mesmo sua mulher, criticada por aceitar uma bolsa de luxo e acusada de manipular o mercado de ações.

Para ter acessos à matéria compela, acesse a Folha de São Paulo de 03/12/204, edição eletrônica

Foto da capa: O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, declara a lei marcial em pronunciamento na TV – Junt Yeon-je/AFP

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