?>

Destaque

A ECONOMIA DO “MAS” E DO RESULTADO MISTO

A ECONOMIA DO “MAS” E DO RESULTADO MISTO

Artigo por RED
03/10/2024 09:00 • Atualizado em 02/10/2024 21:31
A ECONOMIA DO “MAS” E DO RESULTADO MISTO

Por EDELBERTO BEHS*

Antes do anúncio do Banco Central quanto à manutenção ou aumento da taxa de juros no Brasil, que acabou subindo, como informado no dia 18 de setembro, matéria na Veja analisava o quadro econômico-financeiro atual e trazia a opinião de investidores.

Dizia o texto: “Investidores têm insistido na necessidade de aumento na taxa de juros brasileiros ante a solidez da economia do país”. É evidente que investidores querem ganhar o máximo possível. A lógica, com o aval de quem sublinha a vontade de investidores parece ser: “já que a economia está sólida, é hora de a gente ganhar mais”.

Também na Veja, depois do anúncio do BC, outra análise que deixa o leitor na incerteza, sem entender, afinal de contas, o que importa para o Brasil. Reza o título: “Mercado de trabalho dá sinais animadores, mas impõe cuidados por inflação”.

No corpo da matéria, o reconhecimento de que os índices de ocupação batem recordes, o que é bom porque “melhora a vida das pessoas e impulsiona a economia”. Para os trabalhadores é ótimo, para o crescimento também, por causa do aumento da renda, maior consumo. Mas, sempre tem um mas, “o movimento exige cautela”. Do Brasil ou do Brazil?

Para as empresas, sim as empresas, “os resultados são mistos. Se, de um lado, as vendas crescem, de outro começa a ficar mais difícil encontrar um novo funcionário”. E a depender da intensidade desse desequilíbrio pode ser a receita para a próxima crise, como foi a combinação “traumática que transformou o crescimento acelerado de 2010 na profunda recessão de 2015”.

Então, tá, não tem saída. Se a economia está “pujante” é um perigo para a inflação, assim como é perigoso ter um mercado de trabalho em alta. Não sou versado em economia, mas, sempre tem um MAS, sou cidadão, leitor, consumidor, sujeito às mazelas do mercado, e fico com a percepção de que crescer faz mal à saúde econômica do país.

Qual seria, então, na visão de analistas, o cenário ideal para o Brasil?
Ministro Haddad, deixe de lado essa coisa ideia fixa de crescimento da economia! É muito perigoso, viu! Lá adiante isso tudo explode. Só não se explica como não explode nos países do Norte europeu.

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Os artigos expressam o pensamento de seus autores e não necessariamente a posição editorial da RED. Se você concorda ou tem um ponto de vista diferente, mande seu texto para redacaoportalred@gmail.com. Ele poderá ser publicado se atender aos critérios de defesa da democracia.

 

Toque novamente para sair.