Opinião
Lugar de Janja é onde ela quiser
Lugar de Janja é onde ela quiser
De ALEXANDRE CRUZ*
Nunca na história deste país as mulheres irão ser tão decisivas numa eleição como em 2022, a eleição das nossas vidas. Elas representam 52,6% do eleitorado e o Jair Bolsonaro tem um forte grau de rejeição do eleitor feminino.
Diferente do Luiz Inácio Lula da Silva. Bolsonaro tem a Michele, que representa a mulher dos anos 50. Submissa, do lar, religiosa e pouco se sabe o que ela pensa sobre os valores da política. Enquanto Janja, esposa de Lula, é socióloga, uma militante petista atuante e tem cumprido um papel que cresce muito na campanha do Lula. Ela representa a mulher dos tempos atuais.
A esquerda é contra o silenciamento feminino, mas de uma maneira contraditória, pois uma parte deste campo fica extremamente desconfortável com a Janja atuando na campanha eleitoral. Num grupo de whatsapp que eu pertenço, um dito progressista afirmou: “Janja é insuportável, quer aparecer mais que o Lula,” afirmou. Esta frase foi de um homem? Não. Porém, teve uma outra fala, esta masculina que vai na mesma linha.
Afinal, existe aparecer mais que o Lula? Todo mundo sabe quem é o Luis Inácio Lula da Silva. Quantas eleições participou? Foi eleito presidente e reeleito. É um líder mundial. Em outras palavras, a opinião da turma do preconceito, não se sustenta. E o que é pior: inconscientemente ou não, tentam impor o silenciamento feminino.
Felizmente, a Janja é o oposto da Michele Bolsonaro. E a visão do Lula é a visão de uma liderança que é consciente dos desafios atuais da mulher contemporânea. Muito diferente do Bolsonaro que é voltado aos costumes dos anos 50.
*Jornalista.
Fotos de divulgação nas redes sociais.
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