Opinião
Notas sobre “nossos” prefeitos
Notas sobre “nossos” prefeitos
De ADELI SELL*
Pouco se escreveu sobre os governos de Porto Alegre. De governantes indicados, passando pelos intendentes, chegando aos prefeitos eleitos ou impostos falta muito a ser contado.
Aqui, falarei dos impostos durante a ditadura militar.
Com a cassação do prefeito Sereno Chaise do velho PTB, houve uma disputa que foi vencida pelo medíocre Célio Marques Fernandes. Ele é quase um esquecido. Nas denominações de logradouros sobrou uma placa na entrada do prédio da Prefeitura Nova, Edifício Intendente José Montaury, dizendo “Esplanada Célio Marques Fernandes”. Só e somente só. Ele é o gestor de triste memória, por ter iniciado o processo de “limpeza” da Ilhota, jogando seus pobres moradores na Restinga, 30 km dali, sem infraestrutura e sem transporte regular. Sua postura foi odiosa.
Substituído pelo engenheiro Telmo Thompson Flores, tido por qualquer urbanista sério como o “destruidor” do Patrimônio Histórico e Cultural da cidade.
Com sua meia dúzia de “ousados” viadutos propunha modernizar a cidade, como a mobilidade. Para tal colocou por terra vários prédios históricos como aquele da PE onde é a Praça Raul Pilla, a Estação Ferroviária. Só não colocou por terra o Mercado Público pela ação do jornalista Walter Galvani. Ele acabou com a calçada da Rua da Praia e com o bonde.
Não resolveu o problema do trânsito. Quem deu a melhor solução foi o prefeito Guilherme Socias Villela com a criação dos corredores de ônibus. Villela também fez o Parque Marinha do Brasil, Harmonia, Moinhos de Vento, Mascarenhas de Moraes e criou a Procempa. Indicados pela ditadura, este último era bem distinto dos outros.
Já João Antônio Dib continuou em parte a gestão de Vilela, como servidor público defendeu até o fim de sua vida o DMAE Público, contra a sua privatização.
Estas histórias precisam ser desenvolvidas.
*Escritor, professor e bacharel em Direito.
Imagem de divulgação no site da Prefeitura de Porto Alegre.
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