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Opinião

Novembro Negro e a luta por um amanhã sem violência, sem barreiras

Novembro Negro e a luta por um amanhã sem violência, sem barreiras

Artigo por RED
15/11/2023 05:25 • Atualizado em 16/11/2023 11:42
Novembro Negro e a luta por um amanhã sem violência, sem barreiras

De ALEXANDRE CRUZ*

Estamos em um mês que ganha tons mais profundos e significativos quando se fala em “Novembro Negro”. É um período de conscientização e reflexão sobre a trajetória da população negra, suas conquistas e os desafios persistentes que permeiam a sociedade brasileira.

Infelizmente, a violência policial ainda é uma realidade inegável para muitas comunidades negras. Os incidentes recentes em todo o Brasil têm destacado a necessidade urgente de reformas nas práticas policiais e um exame mais profundo das questões estruturais que perpetuam a brutalidade policial. É imperativo que, no Dia da Consciência Negra, usemos esse palco para pressionar por mudanças reais, como a implementação de treinamentos sensíveis à diversidade, revisão de políticas de uso da força policial e maior prestação de contas.

As oportunidades de trabalho muitas vezes refletem as desigualdades que persistem em nossa sociedade. A população negra enfrenta barreiras significativas ao acesso a empregos dignos e bem remunerados. Empresas e organizações precisam assumir a responsabilidade de criar ambientes inclusivos, promovendo políticas de contratação que valorizem a diversidade. Novembro Negro deve ser o momento de que a equidade no emprego é essencial para construir uma sociedade justa e igualitária.

A cor da pobreza é um fenômeno que não pode ser ignorado. Estatísticas mostram que a comunidade negra enfrenta níveis desproporcionais de pobreza, falta de acesso à educação de qualidade e serviços básicos. O Dia da Consciência Negra deve ser um chamado para ações concretas, incluindo a implementação de políticas públicas que visem a redução das desigualdades socioeconômicas e o fortalecimento das comunidades afetadas.

Novembro Negro é um período de reflexão mas também de ação. É uma oportunidade para todos nós, como sociedade, enfrentarmos as injustiças que persistem e trabalharmos juntos na construção de um futuro mais igualitário. Devemos utilizar este momento para promover diálogos abertos, buscar entendimento mútuo e, mais importante, agir para que a cor da pele não seja mais um fator determinante nas oportunidades e no bem-estar de uma pessoa. É tempo de transformar palavras em ações, e o Dia da Consciência Negra é a plataforma perfeita para começar essa jornada.


*Jornalista.

Imagem: divulgação Governo do RS.

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