Puxada de tapete?

Ainda que Moro tenha atuado de forma parcial no julgamento de Lula, favorecendo a eleição de Bolsonaro na época, e ainda hoje seja apoiador do presidente, o PL entrou com ação a fim de favorecer seu candidato no Paraná. 

O PL, partido do presidente em exercício Jair Bolsonaro, entrou com ação contra Sérgio Moro (União Brasil) no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, na tentativa de cassar seu mandato de senador por supostas irregularidades em gastos e doações antecipadas da campanha do ex-juiz.

As informações são do jornal O Globo.

Moro foi eleito para senador pelo Paraná com 33,5% dos votos válidos, seguido de Paulo Martins com 29%. A cassação do senador eleito favoreceria o candidato do PL, já que a ação pode abrir brecha para se realizar uma nova eleição no Paraná.

A iniciativa foi do diretório estadual do partido, em coordenação com a cúpula do PL, que é presidida por Valdemar Costa Neto, e usou a recomendação de desaprovação das contas de Moro pelo TRE-PR como motivação.

Conversa com Bolsonaro e filiação ao PL

Ainda nesta quarta-feira, o ex-juiz terá conversa com o atual presidente no Palácio da Alvorada e, conforme especulações, um dos assuntos seria a filiação de Moro ao PL.

Segundo divulgou o site Metrópoles, Moro deve justificar a Bolsonaro que a permanência no União Brasil ficou insustentável diante da proximidade do partido ao governo de Lula.

No entanto, Costa Neto, presidente do partido, se recusará a filiar Moro, já que, ao deixar o ministério, ele teria acusado Bolsonaro de interferência na Polícia Federal e acusado Valdemar Costa Neto de “mandar no governo”, e desde então ambos mantém distância.

Foto – Marcello Casal Jr/Agência Brasil.