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Morre Gal Costa, uma das maiores vozes da música brasileira

Morre Gal Costa, uma das maiores vozes da música brasileira

Noticia por RED
09/11/2022 12:01 • Atualizado em 10/11/2022 14:05
Morre Gal Costa, uma das maiores vozes da música brasileira

Gal Costa, uma das maiores vozes da música popular brasileira, morreu na manhã desta quarta-feira (9), aos 77 anos. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da artista e a causa da morte é desconhecida.

No último final de semana a cantora teve sua participação em um festival cancelada de última hora. De acordo com sua equipe, ela precisava se recuperar após a retirada de um nódulo na fossa nasal direita e de lá para cá, ela não havia voltado aos shows, mas já tinha datas da turnê As Várias Pontas de uma Estrela marcadas para dezembro e janeiro.

A Folha de São Paulo lembra a história da artista:

Nascida Maria da Graça Costa Penna Burgos em Salvador, na Bahia, em 1945, Gal Costa sempre foi incentivada pela mãe a seguir carreira na música. Já o pai, morto em sua adolescência, foi uma figura ausente.

Ela trabalhou como balconista de uma loja de discos na capital baiana, onde conta ter conhecido a obra de João Gilberto, e gostava de cantar e tocar violão em festas que frequentava. No início dos anos 1960, foi apresentada a Caetano Veloso, encontro a partir do qual foi criado um vínculo pessoal a artístico que perduraria até sua morte.

Gal foi uma revolução das vozes e dos costumes na música brasileira desde seu surgimento na cena nacional, nessa mesma década.

Sempre revolucionária, Gal Costa se posicionou na atual conjuntura política do país antes das eleições, como você pode ver em:

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Aproximou-se ainda adolescente dos também baianos Maria Bethânia e Gilberto Gil, além de Caetano, com quem integraria o grupo conhecido como Doces Bárbaros, responsável mais tarde por um disco definidor da década de 1970.

Também foi nessa época que se aproximou de Tom Zé, outro baiano com quem firmou parcerias. Com os amigos, inaugurou o teatro Vila Velha, em Salvador, com o show Nós, Por Exemplo. Em 1965, o grupo viajou a São Paulo para apresentar os espetáculos “Arena Canta Bahia” e “Em Tempo de Guerra”, dirigidos por Augusto Boal.

Tinha ainda pouco mais de 20 anos quando participou do álbum “Tropicália ou Panis et Circencis”, pedra fundamental do movimento tropicalista. Logo depois, em 1971, fez um dos espetáculos de maior repercussão da história da MPB, “Fa-Tal”, que viraria também um álbum cultuado.

A partir dali, sua voz foi se tornando cada vez mais popular por canções como “Modinha para Gabriela”, sucesso estrondoso de Dorival Caymmi que abria a novela da Globo inspirada em Jorge Amado, e por hits reunidos no álbum “Água Viva”, de 1978, como “Folhetim”, de Chico Buarque, e “Paula e Bebeto”, de Milton Nascimento e Caetano.

Foi nesta fase que a cantora se incorporou mais ao mainstream das grandes redes e rádios, começando a se descolar da imagem de ícone da subversão tropicalista. A parceria com Caetano nunca esmoreceu, mas Gal passou a tirar seus hits de compositores de correntes diversas, como Chico — “A História de Lily Braun”, “Futuros Amantes”—, Djavan, de “Azul” e “Nuvem Negra”, e Moraes Moreira, de “Festa do Interior”.

 

Com informações da Folha de São Paulo.

Foto de Gal Costa em show no FIG, o Festival de Inverno de Garanhuns, em Pernambuco, em julho – Felipe Souto Maior/Fundarpe/Divulgação. 

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