O advogado Fabio Wajngarten, que trabalha na defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi a sede da corporação, em Brasília, no início da tarde desta quarta-feira, 03, para ter acesso ao inquérito que investiga fraudes na carteiras de vacinação. De acordo com o outro advogado do ex-presidente, Paulo Cunha Bueno, ele permanecerá em silêncio até que a sua defesa tenha acesso ao inquérito.

Bolsonaro foi intimidado a depor após a operação de busca e apreensão em sua residência. Segundo a coluna da Mônica Bergamo na Folha de S. Paulo, ele irá dar esclarecimentos, mas somente depois de ter acesso aos autos do processo. A defesa já informou à PF que Bolsonaro não irá prestar depoimento hoje.

A PF deflagrou a Operação Venire, na manhã desta quarta-feira, que investiga a inserção de informações falsas sobre imunização contra a covid-19 nas carteiras de vacinação de Jair Bolsonaro, de sua filha mais nova Laura e de ajudantes. Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão em Brasília e no Rio de Janeiro.

A operação também cumpriu mandatos de prisão contra dois ex-assessores de Bolsonaro, Mauro Cid e Max Guilherme, seguranças, ex-funcionários e políticos do Rio de Janeiro. A ação foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Os fatos investigados configuram em tese crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores”, explicou a PF em nota.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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