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Opinião

A política é para os políticos

A política é para os políticos

Artigo por RED
09/11/2022 07:15 • Atualizado em 09/11/2022 21:43
A política é para os políticos

De ALEXANDRE CRUZ*

A semana começou com um lindo arco íris no céu de Porto Alegre. Afortunadamente no final de tarde de segunda tive o prazer de contemplar as sete cores que simbolizam a união da terra e do céu. É o que dizem. E podemos ir mais além no significado deste fenômeno, com o término da disputa eleitoral e o Brasil mais precisando de pacificação. Não será fácil para o Lula, o nosso presidente eleito.

Há uma série de especulações sobre quem ocupará os Ministérios. E recém estamos na transição. Começou na semana passada. Quase no final de semana depois de 43 horas de  silêncio do presidente Jair Bolsonaro em tragar o resultado eleitoral da sua derrota.

Quem define a composição das pastas ministeriais? É o Lula com os compromissos de campanha e a base parlamentar que o presidente eleito terá. No Ministério da Justiça,  o professor Sílvio Almeida, que escreveu o livro Racismo Estrutural,  poderá ocupar a pasta. Necessariamente não precisa ter um perfil político até porque o Lula irá criar o Ministério da Segurança Pública. No MSP, sim, um nome com critério político, que abrigará a Polícia Rodoviária e a Polícia Federal. Ambas aparelhadas pela extrema direita e que o novo ministro terá uma missão de realizar uma profunda investigação daqueles policiais que resolveram participar do bloqueio rodoviário.

A composição dos ministérios depende muito das negociações no Congresso, que é um ator político importante desde a redemocratização do nosso país. Concluímos, então, algo óbvio: quem define a política são os políticos!
Na presidência da Câmara dos Deputados, podemos ter alguma surpresa. Segundo a imprensa, se lê praticamente certo que será o Arthur Lira. Este articulista que vos escreve não está convencido disso não. No jogo político, se permite conjecturar que poderá ser do Partido dos Trabalhadores. Não vai ser o PT que irá reinvindicar e sim um partido da base aliada e afirmará que é legitimo um quadro do Partido dos Trabalhadores para presidência da Câmara. O PSD ou o MDB poderão ser resistente ao Lira. O MDB de Tebet e Renan Calheiros que venceu o seu rival Arthur Lira em Alagoas. O jogo é de gente grande. Quem define a política são os partidos políticos.

Para finalizar, não posso deixar passar batido as manifestações de rua da dita extrema direita que tem ocorrido no Brasil. Se pode dizer que não são nem de extrema direita e sim uns bandos de patetas que estão sendo instrumentalizados pelas lideranças da ultradireita. Essas lideranças estão nos gabinetes realizando a reflexão como irão reagir no governo Lula. Esses dirigentes da extrema direita usam essa gente recalcada, militarista, anti intelectual, uma parte dos evangélicos e jogam na rua. Logo, não se pode dar importância a essas manifestações. Nem as lideranças de esquerda estão aí com esse pessoal. A ideia é através das instituições. Para reforçar: a sabedoria política diz que o melhor neste momento é o desgaste que estas manifestações já começam a ter.


*Jornalista.

Imagem em Pixabay.

As opiniões emitidas nos artigos expressam o pensamento de seus autores e não necessariamente a posição editorial da Rede Estação Democracia.

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